Roteiro: Tom Gormican
Elenco: Zac Efron, Miles Teller, Michael B. Jordan, Imogen Poots, Mackenzie Davis, Jessica Lucas
Duração: 94 minutos
Classificação Indicativa: 14 anos
Distribuidora: Imagem Filmes
Ano: 2014
NOTA: 2.5/5
Veredicto: "Três bons atores são prejudicados por um roteiro ruim."
O título original de "Namoro ou Liberdade?", "That Awkward Moment" (Aquele Momento Esquisito, em tradução livre), se refere ao ponto em que uma relação deve ser claramente definida. Afinal, o sexo vai evoluir em direção a um namoro ou, no final das contas, nada passou de mero entretenimento? É daí que o diretor/roteirista Tom Gormican retirou o argumento de seu filme.
O longa acompanha três amigos de vinte-e-poucos anos que vivem em Nova York e que se encontram em diferentes tipos de relacionamentos amorosos. Jason, o "líder" do grupo, é um solteiro inveterado, avesso a qualquer tipo de relação mais séria com qualquer mulher. Para ele, o que interessa é a transa, e nada mais. Daniel, colega de trabalho de Jason e "palhaço" do grupo, acompanha o seu melhor amigo e também evita namorar a qualquer custo. Por outro lado, Mikey é casado e se mostra o mais maduro dos três. Por vezes, ele até repreende o comportamento de seus amigos.
Entretanto, numa virada do destino, Mikey fica desolado quando a sua esposa lhe conta que está tendo um caso com o advogado e lhe pede o divórcio. Para tentar deixar o colega mais alegre, Jason e Daniel propõem a Mikey a seguinte aposta: dali em diante, nenhum dos três vai se envolver seriamente com nenhuma mulher.
Porém, como já era de se esperar, esse acordo não vai durar muito tempo. Jason acaba se interessando, não só fisicamente, por Ellie; Daniel se apaixona por sua velha amiga Chelsea; e Mikey volta a ter relações sexuais com sua mulher, Vera.
Já vou deixar claro que não tenho nenhum tipo de preconceito com comédia romântica. Pelo contrário, quando bem-feito, é um dos meus gêneros favoritos. Por isso mesmo, não pude deixar de ficar desapontado com "Namorou ou Liberdade?".
Tudo bem que a premissa do filme, em si, já é bastante idiota, mas em comédia romântica isso não é nenhum problema. Afinal, não faltam ótimos exemplos de filmes do gênero que fazem o melhor uso possível de um ponto-de-partida inverossímil. Porém, o grande problema do longa de Tom Gormican é que o roteiro não consegue desenvolver bem a sua própria premissa.
Parte disso recai sobre os três personagens principais. Dentre eles, o único que é realmente identificável é Mikey, o jovem médico que não consegue aceitar que seu casamento chegou ao fim. São os trechos pertencentes ao seu enredo os mais interessantes e de maior insight. Por outro lado, Jason é, em poucas palavras, um verdadeiro idiota. Ele é um machista de marca maior, que vê as mulheres como nada mais do que um pedaço de carne. Ele é daquele tipo de sujeito que acha que o sexo feminino se resume à fascinação por sapatos e por homens bonitões, como ele. Enfim, é um personagem de espírito tão pobre que a sua redenção ao final do filme não convence. Já Daniel é mais decente do que Jason, porém é construído como um alívio cômico que, por acaso, ganhou uma história romântica para protagonizar. Em nenhum momento, ele parece estar falando sério. Está sempre rindo, fazendo piadinha... Em suma, também não cria maior empatia com o espectador.
Outros problemas do roteiro de Gormican são a falta de graça e o uso da fórmula sem a menor criatividade. Apostando alto em escatologia e palavrões, algo que já funcionou para diretores como Judd Apatow, por exemplo, os diálogos de Gormican quase nunca fazem rir e, infelizmente, soam forçados, como se ele se sentisse obrigado a enfiar o maior número possível de citações a sexo, pênis ou vagina em cada cena, mesmo que isso não contribua em nada para a narrativa ou para a construção dos personagens.
Sobre a fórmula, ela é parte integrante das comédias românticas. Todo mundo já sabe o que vai acontecer: os amantes vão se conhecer, se apaixonar, se desentender, fazer as pazes e terminar juntos. Porém, a exemplo de filmes recentes como "O Lado Bom da Vida" e "À Procura do Amor", é possível criar algo diferente a partir do banal; e é isso que falta a "Namoro ou Liberade?". A fórmula é utilizada de maneira automática e desinteressante. Nem a grande declaração de amor de Jason a Ellie empolga!
Felizmente, o filme não é um desastre por causa do elenco mais do que competente. As mulheres do longa - Imogen Poots, Mackenzie Davis e Jessica Lucas - fazem um bom trabalho com o material que lhes é dado. Porém, quem carrega mesmo o filme são os três protagonistas: Zac Efron, Miles Teller e Michael B. Jordan, especialmente os dois últimos.
A possibilidade de assistir a esses três jovens atores contracenando foi o que me atraiu ao projeto. Efron ainda não recebeu um grande papel, mas é daqueles intérpretes que você aposta que quando tiver um excelente roteiro em mãos, vai fazer um belo trabalho. Já Teller e Jordan mostraram recentemente terem talento de sobra nos filmes "The Spectacular Now" e "Fruitvale Station - A Última Parada", respectivamente.
Em resumo, é uma pena ver três ótimos atores desperdiçados em um filme esquecível e que serve, no máximo, de diversão num ocioso sábado à tarde.
Quero dizer-lhe que adoro os filmes porque são muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de Namoro ou Liberdade imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do ator Michael B. Jordan, um ator muito comprometido. Eu o vi recentemente em um dos Melhores Filmes 2018. É uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção. A direção de arte consegue criar cenas de ação visualmente lindas.
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