segunda-feira, 29 de julho de 2013

O Homem de Aço (Man of Steel)


Dir.: Zack Snyder; Escrito por David S. Goyer; Com Henry Cavill, Amy Adams, Michael Shannon, Diane Lane, Russel Crowe, Kevin Costner. 2013 - Warner (143 min. - 12 anos)


Super-Homem é, talvez, o super-herói mais conhecido em todo o mundo. É praticamente impossível encontrar alguém que nunca tenha visto o seu símbolo característico, a sua roupa com cueca por cima da calça ou que não conheça a sua identidade secreta (Clark Kent). Entretanto, a sua jornada pelos cinemas é irregular. Considerados clássicos mesmo são apenas os dois primeiros, protagonizados por Christopher Reeve, e que deram origem à marcante música-tema composta por John Williams. Os terceiro e quarto capítulos estrelados por Reeve são considerados até hoje verdadeiros desastres, tanto de crítica como de público. 

Demorou, então, quase vinte anos para trazer o herói novamente as telonas com "Superman - O Retorno". Dirigido por Bryan Singer, recém-saído do sucesso absoluto dos dois primeiros longas da franquia X-Men, que atualmente são considerados os abre-alas dessa nova onda de filmes de super-heróis, "Superman - O Retorno" até foi bem recebido pelos críticos na época. Entretanto, apesar de ter tido uma carreira respeitável nas bilheterias, a arrecadação foi abaixo do esperado; ainda mais considerando o seu orçamento astronômico acima dos 200 milhões de dólares. Além disso, com o passar do tempo, o longa tem se tornado mais um alvo de reclamações (principalmente por sua homenagem exagerada e excessiva ao longa original, dirigido por Richard Donner) do que motivo de orgulho para os fãs.

Consequentemente, a Warner Bros. decidiu reiniciar a saga do Super-Homem no cinema. Para isso, chamou o diretor da mais recente trilogia do Batman (que limpou a reputação do herói depois do fiasco de "Batman & Robin"), o inglês Christopher Nolan, para produzir e o roteirista dessa mesma trilogia, David S. Goyer, para escrever uma nova aventura para o mais famoso personagem da DC Comics. Para dirigir a mais nova adaptação convocaram Zack Snyder, mesmo depois do fracasso comercial e de crítica que foi "Sucker Punch - Mundo Surreal", devido a sua experiência em levar HQs para as telonas, como é o caso de seus filmes mais famosos: "300" e "Watchmen - O Filme". A partir daí, era ver o que o trio nos daria como resultado. No caso de "O Homem de Aço", uma bela decepção!

Como já era de se esperar, o filme é realmente um primor visual, afinal se há algo que o diretor Snyder sabe fazer direito é imprimir uma estética bastante interessante aos seus projetos. A fotografia feita por Amir Mokri é belíssima e realça de forma espetacular os olhos azuis do protagonista Henry Cavill e a capa vermelha (vivíssima!) do Super-Homem. Além disso, as imagens da infância de Clark Kent tem um quê dos filmes de Terrence Malick, aliando belas imagens com elementos característicos do meio-oeste norte-americano como a roupa no varal, o carrinho de mão e a plantação de milho, dando uma maior noção de localização da história (Kansas) e uma inspirada veia artística ao filme. A direção de arte de Chris Farmer e Kim Sinclair também é muito boa, tanto na criação dos ambientes terrestres como a cidadezinha de Smallville e a casa da família Kent como na dos cenários de Krypton. Além disso, palmas para a equipe de efeitos especiais do longa, que faz um ótimo trabalho aqui.

Entretanto, se visualmente o filme é primoroso, o filme possui outros problemas bem sérios. O principal é o roteiro falho de David S. Goyer. A história do filme em si até é interessante. No longa, acompanhamos a vida de Clark Kent antes dele se tornar o Super-Homem, como também a ameaça que se instala na Terra quando o General Zod chega ao nosso planeta querendo a ajuda do Homem de Aço para construir um novo Krypton (que foi destruído) sobre a estrutura da Terra, fazendo com que seja necessário modificar toda a atmosfera e topografia terrestres, além de, obviamente, aniquilar a raça humana.

Um dos problemas do roteiro é que se o conflito central da trama é até bem construído, o passado de Clark Kent, por sua vez, quando ele está descobrindo os seus poderes e criando uma forte relação com a sua família da Terra, é extremamente bagunçado e possui uma estrutura desleixada. A primeira meia hora, aproximadamente, de filme é uma verdadeira lição de como não estruturar uma história. Ao abordar a infância e adolescência de Clark em uma série de flashbacks, à medida que o herói a lembra enquanto perambula por vários locais como um navio pesqueiro, um bar ou uma plataforma de petróleo em chamas, o filme fica parecendo mais um amontoado de situações do que uma história propriamente dita. Além disso, a construção dos personagens fica precária. Afinal, por que Clark resolveu andar pelo país, trabalhando desde pescador até funcionário de base militar, passando por garçom? A relação dele com os seus pais e com seus poderes também merecia uma maior atenção do roteiro.

Passado o início mal-estruturado acumulam-se outros problemas como os personagens mal-desenvolvidos. O Planeta Diário, local onde trabalha Lois Lane, por exemplo, é um antro deles como o editor do jornal Perry White (que até é desculpável porque Laurence Fishburne não tem mesmo muito o que fazer com ele), mas pior ainda são os colegas de trabalho de Lois, que ganham uma importância excessiva, especialmente no terceiro ato, quando, na verdade, a presença deles não faz grande diferença e nem favorece o andamento da história. Enfim, no final das contas, o longa acumula muitos personagens, sendo que parte deles poderiam ter sido excluídos a fim de dar mais espaço para outros, mais importantes na jornada de descobrimento de Clark.

Mas o pior ainda estar por vir, que é o terceiro ato, que é, simplesmente uma das experiências mais desagradáveis que eu já passei em um cinema. Nesse momento, a história anda bem, aí o problema é de direção mesmo. Zack Snyder, nesse trecho do filme, confunde de forma imperdoável espetáculo com cacofonia. Uma coisa é você ter três sequências de ação cheias de efeitos especiais e com uma enorme escala (algo que o produtor Christopher Nolan soube fazer muito bem nos seus filmes do Batman), outra é simplesmente passar uma hora jogando coisas e mais coisas em prédios e mais prédios, é destruir duas cidades, é conseguir derrubar um satélite da órbita da Terra e jogá-lo sem dó nem piedade em cima de Metrópolis etc, etc, etc. Em outras palavras, é exagerar na dose sem nenhum motivo aparente.

Um exemplo recente de espetáculo é "Os Vingadores". No filme de Joss Whedon, o grupo de super-heróis da Marvel luta com robôs alienígenas em plena Manhattan e, com isso, consegue causar um destruição considerável a uma área importante dessa ilha. Entretanto, nesse filme, o diretor conseguiu fazer do clímax cheio de destruição algo divertido, empolgante. Em "Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge" do produtor Nolan, Gotham City passa por poucas e boas no terceiro ato, mas nem por isso o filme torna-se chato, pelo contrário, é no meio do caos que o longa tem o seu melhor momento, de maior tensão e excitação. Em "O Homem de Aço", porém, a destruição do terceiro ato é simplesmente insuportável! Nunca na minha vida desejei tanto que não houvesse mais explosões em um filme de ação ou que de repente o som da sala de cinema pifasse e ficassem apenas as imagens. Em outras palavras, há quem diga que Michael Bay é o rei da barulheira e das explosões insuportáveis, porém, sendo sincero, prefiro assistir 10 vezes a "Transformers" do que ter que passar pela tortura sonora que é a hora final de "O Homem de Aço". 

Para finalizar, "O Homem de Aço" tinha uma boa equipe para fazer tudo dar certo, tanto de realizadores quanto de atores (inclusive Henry Cavill que traz uma certa ingenuidade ao personagem central, algo que achei bem interessante). Porém, a insistência em acreditar que quanto mais barulho (tanto da destruição quanto da trilha sonora exagerada de Hans Zimmer) melhor fez com que o longa, ao seu final, se tornasse uma experiência insalubre.

NOTA: 2/5


quinta-feira, 25 de julho de 2013

Se Beber, Não Case! Parte III (The Hangover Part III)


Dir.: Todd Phillips; Escrito por Todd Phillips e Craig Mazin; Com Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Ken Jeong, John Goodman. 2013 - Warner (100 min. - 14 anos)

Apesar de só tê-lo visto uma única vez, me lembro com boas cores o primeiro filme da franquia "Se Beber, Não Case!". O longa, que foi um sucesso inesperado de público e crítica, foi um dos primeiros que vi sozinho (sem pais nem amigos, apenas eu e eu mesmo) no cinema, numa tarde de dia de semana, em uma sala relativamente cheia para aquele horário. Recordo-me de ter gostado bastante daquele primeiro filme e que até gostei quando ele foi premiado com o Globo de Ouro de melhor comédia (apesar da minha torcida ser por "(500) Dias com Ela", que concorria com ele e com "Simplesmente Complicado", "Julie & Julia" e "Nine").

Depois veio o segundo filme, que, admito, não vi até hoje (a não ser alguns trechos na HBO). Sem dúvida, o maior motivo para isso é que desde o primeiro trailer, a segunda parte da franquia me pareceu ser apenas uma cópia do longa original, só que mais racista e passada em Bangcoc.

Portanto, tenho que admitir que não estava nos meus planos assistir ao terceiro filme protagonizado pelo Bando de Lobos, porém, acabei indo vê-lo com um grupo de amigos, e devo admitir, que apesar de estar bem abaixo do nível do primeiro filme, esse encerramento da trilogia também está longe de ser a porcaria que muitos dizem ser.

No novo longa, a história começa quando Phil, Stu e Doug decidem convencer Alan a se internar em uma clínica de reabilitação depois que este causou um enorme engavetamento de carros ao, acidentalmente, decapitar uma girafa(!). À caminho da clínica, o grupo é interceptado por Marshall, um traficante de drogas que teve 42 milhões de dólares roubados por Mr. Chow, e que agora quer a ajuda do Bando de Lobos para capturar o seu inimigo. Phil, Stu e Alan não têm, então, como não aceitar, já que Marshall usa a vida de Doug como garantia da entrega de Mr. Chow a ele. A partir daí, o trio vai a Tijuana e volta até a temida Las Vegas para capturar Chow, entregá-lo a Marshall e recuperar Doug são e salvo.

Em primeiro lugar, já vale um elogio aos roteiristas que, dessa vez, resolveram criar uma nova premissa para o filme, ao invés de apenas copiar e colar o ponto de partida do original e colocá-lo num cenário diferente. Entretanto, se no novo longa não há casamentos nem ressacas homéricas, há, sem dúvida alguma, uma notável escassez de risadas. Durante os 100 minutos de duração do filme, não há nenhum momento em que se ria alto, daqueles de doer a barriga de tanto rir. Ao invés disso, há apenas piadas engraçadinhas, e ainda assim, estas só aparecem depois de um certo tempo de projeção porque até aí todas as piadas fracassam.

Porém, se pelo lado da comédia o longa deixa a desejar, pelo lado do espetáculo, a situação muda de figura. O filme já começa com a apoteótica cena da fuga de Mr. Chow de uma prisão tailandesa seguida da sequência em que Alan dirige por uma auto-pista com uma girafa dentro de uma caçamba presa ao seu carro. Além desse início agitado, há ainda a cena em que o Bando de Lobos e Mr. Chow tentam reaver a outra metade da riqueza de Marshall, invadindo uma mansão com um forte esquema de segurança. É esse o momento que melhor funciona durante todo o filme, misturando eficientemente tanto a ação quanto a comédia.

O elenco como um todo também está bem. O trio de protagonistas continua bem entrosado - mesmo que fique claro que os roteiristas tentem fazer de Zach Galifianakis (Alan) o grande astro, dando a ele inclusive a única cena mais emotiva do filme, que ocorre quando ele reencontra o bebê do primeiro filme, agora mais crescido - e Ken Joeng como Mr. Chow continua impagável, ainda mais fazendo cover de karaokê de "Hurt" do Nine Inch Nails e cantando um trechinho de "I Believe I Can Fly" enquanto sobrevoa Las Vegas. Além disso, a adição de John Goodman como o traficante Marshall também foi uma boa sacada dos realizadores. Entretanto, a aparição de Melissa McCarthy como um caso amoroso para o Alan é decepcionante. McCarthy é uma ótima comediante, porém acho que desde "Missão Madrinha de Casamento" ela vem fazendo sempre a mesma personagem: a da gorda desbocada, mas ainda assim carismática. Acho melhor ela começar a diversificar ou vai ficar marcada por esse tipo para o resto de sua carreira.

No geral, "Se Beber, Não Case! Parte III" nem se compara ao primeiro filme da franquia, porém não se pode dizer que os realizadores não tentaram fazer algo especial para o encerramento da trilogia. Tem um pouco de comédia, um pouco de ação e um pouco de romance, ou seja, tenta agradar todo mundo, mas sem descaracterizar os personagens. Mesmo que muitas vezes o filme deixe a desejar, não se pode dizer que é uma perda de tempo.


NOTA: 3/5


terça-feira, 16 de julho de 2013

Filmes em DVD (parte 1)

Essa aqui é uma lista dos filmes que vi em DVD nos últimos meses, mas que não tive chance de fazer uma crítica mais bem elaborada. Todos eles vêm com uma pequena ficha técnica, uma crítica enxuta, a nota atribuída e um link para o trailer.

Pecados Íntimos (Little Children): (4/5)


Segundo filme do diretor Todd Field ("Entre Quatro Paredes"), "Pecados Íntimos" tem uma história bastante banal: uma mulher, que está infeliz no casamento, começa a ter um caso com um vizinho, que também está infeliz no casamento; e esse caso pode mudar a vida não só deles, mas de todos à sua volta. Porém, as performances do ótimo elenco encabeçado por Kate Winslet e Patrick Wilson, com Jennifer Connely e Jackie Earle Haley em papéis secundários, e o roteiro afiadíssimo do diretor Field e de Tom Perrota fazem do filme algo muito além do que uma simples trama de adultério. 

[Dir.: Todd Field; Escrito por Todd Field e Tom Perrotta; Com Kate Winslet, Jennifer Connelly, Patrick Wilson, Jackie Earle Haley. 2006 - PlayArte (137 min. - 16 anos)]

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A Espiã (Zwartboek): (3.5/5)


Depois de quase duas décadas dirigindo filmes em Hollywood, o diretor holandês Paul Verhoeven voltou à sua terra natal e lá realizou "A Espiã". O longa é um longo (quase duas horas e meia de duração) thriller passado durante a Segunda Guerra Mundial, no qual uma jovem cantora judia decide se vingar da morte de seus pais pelos nazistas se disfarçando de secretária para conseguir um emprego dentre a alta cúpula dos nazistas almeães. Muito bem realizado, o filme tem um ritmo muito bom, uma ótima atuação da protagonista - Carice van Houten - e, como já era de se esperar do diretor, muita sensualidade e cenas de nudez (algumas gratuitas, outras nem tanto). 

[Dir.: Paul Verhoeven; Escrito por Gerard Soeteman e Paul Verhoeven; Com Carice van Houten, Sebastian Koch, Thom Hoffman, Halina Reijn. 2006 - Europa Filmes (145 min. - 16 anos)]

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A Firma (The Firm): (3.5/5)


Dirigido pelo falecido Sidney Pollack, "A Firma" é a adaptação do best-seller de John Grisham, autor de famosos romances de tribunal como "O Dossiê Pelicano", "O Júri", "Tempo de Matar", entre outros. Neste filme de 1993, um jovem recém-formado em Direito em Harvard, interpretado por Tom Cruise, é contratado por uma alta quantia de dinheiro por uma firma de advocacia em Memphis. Porém, o que, de início, parece um sonho cheio de carros, casas de subúrbio e viagens, se torna um pesadelo quando o jovem advogado descobre um esquema de assassinatos dentro da firma. O filme, apesar de longo (154 min.) e, por isso, um pouco cansativo, consegue segurar os espectador até o final, principalmente pelo fato de toda a história ser tratada de forma bastante verossímil, exceto no clímax quando começa uma pouco crível perseguição pela cidade. Vale notar também a excelente trilha sonora de Dave Grusin.

[Dir.: Sydney Pollack; Escrito por David Rabe, Robert Towne e David Rayfiel; Com Tom Cruise, Jeanne Tripplehorn, Gene Hackman, Holly Hunter. 1993 - Paramount (154 min. - 14 anos)]

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Roubo nas Alturas (Tower Heist): (3.5/5)


Dirigido por Brett Ratner, da trilogia "A Hora do Rush", esse filme era pra ser a grande volta por cima de Eddie Murphy depois de protagonizar fracasso após fracasso; porém, a bilheteria decepcionante do filme impediu que o grande "comeback" acontecesse. Uma pena, já que "Roubo nas Alturas" é muito melhor do que tinha qualquer direito de ser. O longa acompanha a tentativa dos funcionários de um arranha-céu de luxo em Manhattan de tentar roubar o dono do edifício, um milionário, que antes de ser preso, furtou as aposentadorias de todos os trabalhadores do prédio. Para isso, os funcionários contam com a ajuda de um vigarista nada confiável. O elenco de peso, que conta com nomes como Ben Stiller, Alan Alda, Téa Leoni, Casey Affleck e Matthew Broderick, está ótimo, porém quem toma o show para si é Murphy, em uma de suas melhores atuações. Enfim, uma divertida comédia sobre as consequências da Crise de 2008.

[Dir.: Brett Ratner; Escrito por Ted Griffin e Jeff Nathanson; Com Ben Stiller, Eddie Murphy, Casey Affleck, Alan Alda. 2011 - Universal (104 min. - 12 anos)]

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Vem Dançar Comigo (Strictly Ballroom): (3.5/5)


Primeiro filme do diretor Baz Luhrmann (em cartaz com "O Grande Gatsby"), "Vem Dançar Comigo" é uma divertida comédia sobre o mundo da dança de salão. Nele, um grande dançarino, às vésperas da competição Pan Pacífico de Dança, perde a sua parceira, tendo que procurar uma nova imediatamente. Porém, quando os testes não trazem resultados satisfatórios, o dançarino decide ajudar uma iniciante a se tornar uma profissional a tempo da competição. Sim, a história é previsível, porém o estilo característico de Luhrmann (exagerado, colorido e cheio de músicas pop) é muito bem usado; ainda mais se comparado com "Romeu + Julieta", filme seguinte do diretor, no qual ele pega tudo que dá certo em "Vem Dançar Comigo" e carrega a mão 1000 vezes, piorando tudo.

[Dir.: Baz Luhrmann; Escrito por Baz Luhrmann e Craig Pearce; Com Paul Mercurio, Tara Morice, Bill Hunter, Pat Thomson. 1992 - Europa Filmes (94 min. - Livre)]

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Terapia do Amor (Prime): (3.5/5)


Em "Terapia do Amor" uma mulher perto dos seus quarenta anos começa a ter um caso com um jovem de 20 e poucos, porém ela não sabe que o rapaz é filho da sua terapeuta, que, por sua vez, sabe de toda a história, e não aceita de jeito nenhum romance. Porém, ela não quer magoar a sua cliente nem o seu filho, criando daí um grande conflito. O filme, escrito e dirigido por Ben Younger, tem como o seu maior trunfo a atuação excelente da sempre ótima Meryl Streep como a terapeuta no meio de um dilema. Entretanto, o roteiro inteligente de Younger não fica atrás e, junto com a atuação de Streep, consegue fazer o filme interessante até mesmo em momentos que o filme parece criar uma barriga.

[Dir.: Ben Younger; Escrito por Ben Younger; Com Uma Thurman, Meryl Streep, Bryan Greenberg. 2005 - Europa Filmes (105 min. - 12 anos)]

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360 (360): (3.5/5)


O longa do diretor Fernando Meirelles é um típico filme-mosaico (gênero pelo qual tenho um apreço muito grande). Escrito por Peter Morgan (indicado ao Oscar por "Frost/Nixon" e "A Rainha"), "360" acompanha os encontros e desencontros de pessoas de diversas nacionalidades, enquanto estas se encontram em aeroportos, hotéis e outros locais públicos. O filme não é o melhor exemplo de seu gênero, uma vez que é cheio de altos e baixos, porém os seus melhores trechos, como o que se passa num aeroporto no Colorado, envolvendo as personagens de Anthony Hopkins, Maria Flor e Bon Foster, conseguem diminuir o estrago feito por outros momentos bem menos interessantes, como a chatice do drama conjugal entre Jude Law e Rachel Weisz. "360" é um filme ambicioso que nem sempre atinge os seus objetivos, porém, no geral, é um bom filme.

[Dir.: Fernando Meirelles; Escrito por Peter Morgan; Com Jude Law, Rachel Weisz, Anthony Hopkins, Ben Foster, Maria Flor. 2011 - Paris Filmes (110 min. - 14 anos)]

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