Dir.: Todd Phillips; Escrito por Todd Phillips e Craig Mazin; Com Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis, Ken Jeong, John Goodman. 2013 - Warner (100 min. - 14 anos)
Apesar de só tê-lo visto uma única vez, me lembro com boas cores o primeiro filme da franquia "Se Beber, Não Case!". O longa, que foi um sucesso inesperado de público e crítica, foi um dos primeiros que vi sozinho (sem pais nem amigos, apenas eu e eu mesmo) no cinema, numa tarde de dia de semana, em uma sala relativamente cheia para aquele horário. Recordo-me de ter gostado bastante daquele primeiro filme e que até gostei quando ele foi premiado com o Globo de Ouro de melhor comédia (apesar da minha torcida ser por "(500) Dias com Ela", que concorria com ele e com "Simplesmente Complicado", "Julie & Julia" e "Nine").
Depois veio o segundo filme, que, admito, não vi até hoje (a não ser alguns trechos na HBO). Sem dúvida, o maior motivo para isso é que desde o primeiro trailer, a segunda parte da franquia me pareceu ser apenas uma cópia do longa original, só que mais racista e passada em Bangcoc.
Portanto, tenho que admitir que não estava nos meus planos assistir ao terceiro filme protagonizado pelo Bando de Lobos, porém, acabei indo vê-lo com um grupo de amigos, e devo admitir, que apesar de estar bem abaixo do nível do primeiro filme, esse encerramento da trilogia também está longe de ser a porcaria que muitos dizem ser.
No novo longa, a história começa quando Phil, Stu e Doug decidem convencer Alan a se internar em uma clínica de reabilitação depois que este causou um enorme engavetamento de carros ao, acidentalmente, decapitar uma girafa(!). À caminho da clínica, o grupo é interceptado por Marshall, um traficante de drogas que teve 42 milhões de dólares roubados por Mr. Chow, e que agora quer a ajuda do Bando de Lobos para capturar o seu inimigo. Phil, Stu e Alan não têm, então, como não aceitar, já que Marshall usa a vida de Doug como garantia da entrega de Mr. Chow a ele. A partir daí, o trio vai a Tijuana e volta até a temida Las Vegas para capturar Chow, entregá-lo a Marshall e recuperar Doug são e salvo.
Em primeiro lugar, já vale um elogio aos roteiristas que, dessa vez, resolveram criar uma nova premissa para o filme, ao invés de apenas copiar e colar o ponto de partida do original e colocá-lo num cenário diferente. Entretanto, se no novo longa não há casamentos nem ressacas homéricas, há, sem dúvida alguma, uma notável escassez de risadas. Durante os 100 minutos de duração do filme, não há nenhum momento em que se ria alto, daqueles de doer a barriga de tanto rir. Ao invés disso, há apenas piadas engraçadinhas, e ainda assim, estas só aparecem depois de um certo tempo de projeção porque até aí todas as piadas fracassam.
Porém, se pelo lado da comédia o longa deixa a desejar, pelo lado do espetáculo, a situação muda de figura. O filme já começa com a apoteótica cena da fuga de Mr. Chow de uma prisão tailandesa seguida da sequência em que Alan dirige por uma auto-pista com uma girafa dentro de uma caçamba presa ao seu carro. Além desse início agitado, há ainda a cena em que o Bando de Lobos e Mr. Chow tentam reaver a outra metade da riqueza de Marshall, invadindo uma mansão com um forte esquema de segurança. É esse o momento que melhor funciona durante todo o filme, misturando eficientemente tanto a ação quanto a comédia.
O elenco como um todo também está bem. O trio de protagonistas continua bem entrosado - mesmo que fique claro que os roteiristas tentem fazer de Zach Galifianakis (Alan) o grande astro, dando a ele inclusive a única cena mais emotiva do filme, que ocorre quando ele reencontra o bebê do primeiro filme, agora mais crescido - e Ken Joeng como Mr. Chow continua impagável, ainda mais fazendo cover de karaokê de "Hurt" do Nine Inch Nails e cantando um trechinho de "I Believe I Can Fly" enquanto sobrevoa Las Vegas. Além disso, a adição de John Goodman como o traficante Marshall também foi uma boa sacada dos realizadores. Entretanto, a aparição de Melissa McCarthy como um caso amoroso para o Alan é decepcionante. McCarthy é uma ótima comediante, porém acho que desde "Missão Madrinha de Casamento" ela vem fazendo sempre a mesma personagem: a da gorda desbocada, mas ainda assim carismática. Acho melhor ela começar a diversificar ou vai ficar marcada por esse tipo para o resto de sua carreira.
No geral, "Se Beber, Não Case! Parte III" nem se compara ao primeiro filme da franquia, porém não se pode dizer que os realizadores não tentaram fazer algo especial para o encerramento da trilogia. Tem um pouco de comédia, um pouco de ação e um pouco de romance, ou seja, tenta agradar todo mundo, mas sem descaracterizar os personagens. Mesmo que muitas vezes o filme deixe a desejar, não se pode dizer que é uma perda de tempo.
Porém, se pelo lado da comédia o longa deixa a desejar, pelo lado do espetáculo, a situação muda de figura. O filme já começa com a apoteótica cena da fuga de Mr. Chow de uma prisão tailandesa seguida da sequência em que Alan dirige por uma auto-pista com uma girafa dentro de uma caçamba presa ao seu carro. Além desse início agitado, há ainda a cena em que o Bando de Lobos e Mr. Chow tentam reaver a outra metade da riqueza de Marshall, invadindo uma mansão com um forte esquema de segurança. É esse o momento que melhor funciona durante todo o filme, misturando eficientemente tanto a ação quanto a comédia.
O elenco como um todo também está bem. O trio de protagonistas continua bem entrosado - mesmo que fique claro que os roteiristas tentem fazer de Zach Galifianakis (Alan) o grande astro, dando a ele inclusive a única cena mais emotiva do filme, que ocorre quando ele reencontra o bebê do primeiro filme, agora mais crescido - e Ken Joeng como Mr. Chow continua impagável, ainda mais fazendo cover de karaokê de "Hurt" do Nine Inch Nails e cantando um trechinho de "I Believe I Can Fly" enquanto sobrevoa Las Vegas. Além disso, a adição de John Goodman como o traficante Marshall também foi uma boa sacada dos realizadores. Entretanto, a aparição de Melissa McCarthy como um caso amoroso para o Alan é decepcionante. McCarthy é uma ótima comediante, porém acho que desde "Missão Madrinha de Casamento" ela vem fazendo sempre a mesma personagem: a da gorda desbocada, mas ainda assim carismática. Acho melhor ela começar a diversificar ou vai ficar marcada por esse tipo para o resto de sua carreira.
No geral, "Se Beber, Não Case! Parte III" nem se compara ao primeiro filme da franquia, porém não se pode dizer que os realizadores não tentaram fazer algo especial para o encerramento da trilogia. Tem um pouco de comédia, um pouco de ação e um pouco de romance, ou seja, tenta agradar todo mundo, mas sem descaracterizar os personagens. Mesmo que muitas vezes o filme deixe a desejar, não se pode dizer que é uma perda de tempo.
NOTA: 3/5
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