sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Listas de Final de Ano!!!



Quando 2012 começou, todo mundo dizia que o mundo ia acabar. Teve gente guardando comida, construindo arcas, realizando todos os seus desejos etc. Entretanto, no final das contas, o mundo não acabou, continuamos todos aqui sãos e salvos. E como o mundo ainda está de pé e o ano está terminando, está na hora de fazer as listas de fim de ano! Quais foram os melhores e os piores filmes do ano? Quais foram as melhores surpresas e as maiores decepções? Que filme passou despercebido, mas merece a sua atenção? Enfim, para essas e mais respostas é só continuar a leitura.

Porém, antes de começarmos, devo avisar qual foi a regra seguida para a realização dessa lista. Todos os filmes citados estrearam comercialmente no Brasil no ano de 2012, por causa disso alguns filmes que são efetivamente de 2011 entraram na lista. Além disso, filmes de festivais não contam, a não ser aqueles que tenham estreado em circuito ainda este ano.

Dito isso, vamos às listas:


OS MELHORES FILMES DE 2012:

10) Filmes de animação:

No ano de 2012 não houve nenhuma obra-prima ou clássico instantâneo no que diz respeito ao cinema de animação. Entretanto, esses últimos doze meses nos deram vários desenhos extremamente eficientes e divertidos, mesmo que estes não entrem para a história como novos "Toy Story" ou "Shrek".


Logo no início do ano teve o divertidíssimo "As Aventuras de Tintim". O filme do jornalista belga não só foi um ótimo trabalho do diretor Steven Spielberg como também mostrou uma notável melhora na complicada animação por captura de movimentos. A Pixar lançou o simpático "Valente". Não é o melhor filme do estúdio, mas ainda é um longa acima da média. Da Illumination teve "O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida", uma coloridíssima adaptação do livro de Dr. Seuss, contendo músicas muito grudentas e uma mensagem ecológica. Tim Burton voltou aos filmes de stop-motion com o nostálgico "Frankenweenie". Por fim, o francês "O Gato do Rabino" foi uma grata surpresa, falando de diversidade e intolerância religiosa de forma divertida e inteligente.

9) Jovens Adultos:

A segunda parceria entre o diretor Jason Reitman e a roteirista Diablo Cody depois de "Juno" resultou em um ótimo filme de fortíssimo humor negro, "Jovens Adultos". O filme acompanha Mavis Gary, uma autora de livros para jovens-adultos, que volta à sua cidade natal quando descobre que seu antigo namorado do colégio está casado e que acabou de se tornar pai. Entretanto, nesta viagem ela entra em choque com a realidade, mudando sua vida para sempre.

Protagonizado por Charlize Theron em uma excelente performance (ainda não sei como ela falhou em "Branca de Neve e o Caçador"), "Jovens Adultos" conta ainda com uma belíssima atuação de Patton Oswalt, vivendo um deficiente que se torna um grande companheiro de Mavis, e um roteiro afiadíssimo de Cody.

8) J. Edgar:

Dirigido pelo mestre Clint Eastwood, "J. Edgar" conta com uma impressionante performance de Leonardo DiCaprio como o mais famoso chefe do FBI, J. Edgar Hoover. Não compromete também os ótimos desempenhos do elenco de apoio composto por Naomi Watts, Judi Dench e Armie Hammer como Clyde Tolson, braço direito e suposto amante de Hoover.

Sim, a maquiagem não é das melhores (a de Hammer é péssima!), porém a recriação de época é notável, assim como o ótimo roteiro de Dustin Lance Black, oscarizado por "Milk - A Voz da Igualdade". O texto de Black encontra o equilíbrio perfeito entre o bem e o mal, mostrando J. Edgar como uma figura humana, que acerta e erra, sendo ao mesmo tempo visionário e desonesto. Dessa forma, o maniqueísmo é evitado e temos uma ótima e honesta cinebiografia.

7) Drive:

Assim como "J. Edgar", "Drive" ganha pontos por se afastar de uma simples definição de bem e mal. Sim, há vilões bem claros no filme, porém o protagonista está mais para anti-herói do que para um bom samaritano.

Longe de ser um filme cheio de explosões e tiroteios, o que causou a insatisfação de muita gente, "Drive" é, porém, um filme tenso constantemente e quando a ação entra, ela é de tirar fôlego, principalmente nas perseguições de carro.

Protagonizado por Ryan Gosling, o longa de Nicolas Winding Refn conta ainda com participações de Carey Mulligan, Bryan Cranston, Ron Pearlman, Christina Hendricks, Oscar Isaac e Albert Brooks.

6) Anjos da Lei:

"Anjos da Lei" é um daqueles filmes pelos quais você não dá nada. Ao ver o trailer você fica com aquela impressão de que já viu esse mesmo filme várias vezes e o pôster também não tem nada demais. Porém, quando a projeção termina você percebe que isso não passava de uma primeira impressão ruim porque "Anjos da Lei" é uma ótima comédia.

Adaptação da série de tevê dos anos 1980 que revelou Johnny Depp, o filme da dupla Phil Lord e Chris Miller (os mesmos realizadores de "Tá Chovendo Hambúrguer" e da série "Projeto Clonagem") tem um humor extremamente absurdo e grosseiro, o que pode ser desagradável para alguns, porém bastante inteligente, que satiriza (mas que também homenageia) as famosas séries policiais.

Além disso, os protagonistas Channing Tatum e Jonah Hill estão hilários e há até uma ótima performance de Ice Cube(!) como o chefe da divisão 21 Jump Street. Isso sem contar o inesquecível Jesus coreano!

5) Histórias Cruzadas:

A história está longe de ser inovadora, porém o que falta de originalidade, "Histórias Cruzadas" tem de carisma. O excelente elenco predominantemente feminino, com ótimas performances de Viola Davis, Octavia Spencer e Jessica Chastain, e o roteiro bastante otimista fazem do filme de Tate Taylor o melhor feel-good movie do ano.

A luta das empregadas negras pelo fim do preconceito racial no conservador estado do Mississipi é um drama emocionante, mas também muito divertido e, em certos momentos, até hilário. O tema retratado é universal e ainda presente no mundo de hoje e por isso deve ser discutido por toda sociedade, fazendo do filme não só uma forma de diversão, mas também uma importante peça social.

4) Looper - Assassinos do Futuro:

Tudo bem que "Looper - Assassinos do Futuro" tem um final meio repetitivo e que a maquiagem de Joseph Gordon-Levitt é no mínimo estranha, deixando-o não muito parecido com Bruce Willis. Porém, apesar de suas falhas, o filme de Rian Johnson é um dos mais interessantes e originais que vi em 2012.

O filme é uma daquelas ficções-científicas que envolvem o complicado tema da viagem no tempo, o que torna difícil explicar a sua sinopse em poucas linhas, entretanto posso dizer nessas mesmas linhas o porquê de "Looper" ser um dos melhores filmes do ano. Além do roteiro engenhoso, o longa conta com ótimas performances do trio de protagonistas (Gordon-Levitt, Willis e Emily Blunt), um ritmo muito eficiente, um clima setentista e um dos melhores exemplos de que dá para fazer um ótimo sci-fi com um orçamento relativamente baixo para os padrões hollywoodianos (30 milhões de dólares).

3) Os Vingadores - The Avengers:

Não teve para ninguém! Não só "Os Vingadores" foi o maior sucesso de bilheteria do ano como também foi o melhor blockbuster de 2012. O longa de Joss Whedon mostrou que é possível fazer um excelente filme de super-heróis com um número grande de personagens sem sacrificar história nem ritmo.

Além disso, "Os Vingadores" representou uma lufada de ar fresco numa época em que os filmes de quadrinhos querem ser cada vez mais sombrios, consequência do sucesso dos filmes do Batman de Christopher Nolan. O projeto da Marvel é a definição perfeita de filme-pipoca: descompromissado, mas nem por isso idiota. Afinal, o que não falta são cenas de ação incríveis intercaladas por momentos de diálogos recheados de humor inteligente. 

Se "Os Vingadores 2" vai dar certo eu não sei, mas se depender da equipe do primeiro filme, teremos um ótimo arrasa-quarteirão em 2015.

2) A Separação:

Tenho que admitir que antes de "A Separação" eu nunca tinha visto um filme iraniano na minha vida, então não sabia muito o que esperar. Porém, fiquei muito feliz ao ver que não tinha caído numa furada.

Ganhador do Oscar de melhor filme estrangeiro, o filme de Asghar Farhadi é um excelente drama familiar, daqueles que vai ganhando o seu coração ao longo da projeção. Quando você se dá por si, já está completamente envolvido na trama e na vida das personagens. 

O roteiro impecável, as atuações de primeira linha e a direção competentíssima fazem de "A Separação" um belíssimo e indispensável filme.

1) A Invenção de Hugo Cabret:

Quem diria que Martin Scorsese, conhecido por seus filmes fortes e bastante violentos, se sairia tão bem ao dirigir um filme leve e livre para todos os públicos? Mas foi exatamente isso que aconteceu! "A Invenção de Hugo Cabret" é um exemplo de como fazer cinema.

A história do menino que mora numa estação de trem em Paris e que por causa de um autômato entra numa busca pelo pioneiro diretor Georges Méliès é lindíssima e emocionante. O elenco está impecável, principalmente o protagonista Asa Butterfield e o veterano Ben Kingsley. A trilha sonora, a fotografia, a direção de arte, os efeitos especiais, os figurinos: tudo é de altíssimo nível.

Por isso e muito mais que esta verdadeira homenagem ao cinema feita por um dos maiores diretores da atualidade é o melhor filme de 2012.


  • MENÇÕES HONROSAS:
Jogos Vorazes --- um ótimo começo de uma promissora franquia.

Deus da Carnificina --- tinha tudo para ser chato, mas é uma das comédias mais engraçadas e incisivas do ano.

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge --- é o mais fraco dos filmes da trilogia de Christopher Nolan, mas ainda assim é um ótimo desfecho para uma ótima série.

John Carter - Entre Dois Mundos --- um dos filmes mais subestimados do ano! Pura diversão!

Os Mercenários 2 --- nunca imaginei que ia gostar tanto de um filme estrelado por Sylvester Stallone.

As Vantagens de Ser Invisível --- um dos melhores filmes dos últimos anos sobre adolescentes.

Argo --- além de ser um thriller eficiente é também uma baita aula de História e sátira a Hollywood.

O Impossível --- um dos filmes mais emocionantes do ano.

As Aventuras de Pi --- assim como Scorsese, Ang Lee fez ótimo uso do 3D para contar uma ótima história.

Intocáveis --- quem diria que uma descompromissada comédia francesa seria tão divertida?


OS PIORES FILMES DE 2012:

5) Paraísos Artificiais:

Esse foi um verdadeiro tiro n'água! O diretor Marcos Prado tinha as credenciais (produtor dos dois "Tropa de Elite", realizador do documentário "Estamira") e a equipe certa para fazer uma ótima estreia na direção de filmes de ficção. Porém ninguém imaginava que o roteiro ia ser o grande carrasco!

"Paraísos Artificiais" até começa bem, porém tudo põe-se a perder quando a história empaca e fica alternando entre cenas de sexo e cenas de uso de drogas por um tempão. E o pior de tudo é que o filme é bem-feito! Porém não adianta nada ter uma belíssima fotografia e um elenco promissor (principalmente Nathalia Dill) se o seu filme parece um disco riscado.

4) Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança:

Quando o teaser de "Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança" saiu, ele mostrava que ainda havia esperança nessa franquia. Porém, quando o segundo trailer saiu uma boa parte dessa esperança se perdeu. Quando o filme foi finalmente lançado ficou claro que eles têm que acabar com essa brincadeira imediatamente.

Apesar da troca de diretor (sai Mark Steven Johnson, entra a dupla Neveldine/Taylor) e de cenário (sai os EUA, entra o Leste Europeu), "Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança" continua a ser uma vergonha para todos os envolvidos. Está cada vez mais claro que Nicolas Cage precisa fazer um verdadeiro "reboot" na sua carreira, que o sósia britânico do Paulo Goulart é o péssimo Ciarán Hinds e que ninguém aguenta mais cenas de ação filmadas com câmera na mão e com edição frenética.

3) 2 Coelhos:

Valeu a tentativa, mas "2 Coelhos" é um dos filmes mais chatos do ano! Apesar de inovar no cinema nacional, trazendo uma quantidade considerável de efeitos especiais, mesclando live-action com animação e videogame, e mostrar-se um projeto ambicioso, o filme de Afonso Poyart é uma tentativa frustrada, e não uma experiência bem-sucedida.

O problema em si nem é o elenco (que está bem), mas sim a combinação roteiro/visual. A história, escrita por Poyart, segue uma linha cronológica não-linear para fazer uma crítica à corrupção absurda que ocorre no Brasil. Porém, não só o roteiro tem momentos ridículos que são levados muito a sério como também o visual hiperativo acaba ofuscando a história e, consequentemente, a sua mensagem.

2) Corações Sujos:

Esse é mais um daqueles casos em que a promessa era muito, mas muito maior e melhor do que o produto final. "Corações Sujos", baseado no livro de Fernando Morais, conta a história de uma colônia de japoneses no Brasil que se rebela contra aqueles que acreditavam na derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial. Juro, eu vi o trailer desse filme num ônibus e já fiquei interessado. Por isso, quando eu vi o filme, eu fiquei bastante decepcionado.

Dirigido por Vicente Amorim, o filme possui boas atuações, uma fotografia belíssima, uma bonita trilha sonora e uma reconstituição histórica de respeito, porém a emoção vinda desse filme é zero. Parece que entre espectador e tela há uma grossa parede de vidro porque só assim para explicar a monotonia e a frieza desse longa.

1) E Aí, Comeu?:

Definitivamente não foi um bom ano para o cinema nacional, já que o pior filme do ano é um dos maiores sucessos do ano também, "E Aí, Comeu?". O longa de Felipe Joffily mostra as desventuras amorosas de três amigos que se reúnem frequentemente em um boteco para falar das mulheres de sua vida.

Eu fico com pena desse filme por vários motivos. Primeiro, o que poderia ter sido uma comédia inteligente sobre amor, sexo e diferença entre homens e mulheres se tornou uma desculpa para se fazer um bando de piadas estúpidas e grosseiras sem o menor propósito. Segundo, o elenco está totalmente desperdiçado aqui, principalmente Marcos Palmeira e Dira Paes, que coincidentemente protagonizam a única (e melhor) cena do filme, que mostra o que "E Aí, Comeu?" poderia ter sido. Além disso, sou só eu que estou impressionado em como o Bruno Mazzeo se tornou um mala em questão de dois, três anos? E por último, é triste ver que no final do ano foi lançada uma chanchada ("Os Penetras") que consegue fazer comentários mais pertinentes sobre amor, sexo etc. do que essa bomba.

Enfim, o que poderia ter sido uma ótima comédia se tornou um festival de piadas sem graça sem um pingo de "insight".


MAIORES SURPRESAS DE 2012:

3) Espelho, Espelho Meu --- o que parecia ser uma comédia histérica e sem graça, é na verdade um dos filmes mais bonitinhos de 2012.

2) John Carter - Entre Dois Mundos --- o maior fracasso do ano é também um dos filmes de ação mais divertidos do ano.

1) A Saga Crepúsculo: Amanhecer - Parte 2, o Final --- nem eu acreditei no quanto eu gostei desse filme e no quanto eu vou sentir falta dessa franquia.


MAIORES DECEPÇÕES DE 2012:


3) A Origem dos Guardiões --- tudo dava a impressão de que este seria um dos melhores filmes de animação do ano, e não um dos mais chatinhos.

2) Cosmópolis --- no início do ano, David Cronenberg lançou "Um Método Perigoso", um filme muito bom sobre psicanálise. Mais tarde, ele lançou "Cosmópolis": um filme pretensioso e cheio de frases dignas de filosofia de botequim.

1) Moonrise Kingdom --- eu devo ser a única pessoa do mundo que acha isso, mas o novo filme de Wes Anderson é bem mala-sem-alça.


O FILME DE 2012 QUE VOCÊ PRECISA VER:

HOLY MOTORS --- Este é, sem dúvida, o filme mais controverso do ano. Há aqueles que o amam, aqueles que o odeiam, aqueles que não o entendem e aqueles que tentam entendê-lo. Seja qual for a opinião, uma coisa é inegável, o novo filme do diretor Leos Carax é o filme de 2012 que você precisa ver!

Por quê? Porque é um filme único, como nada que você já viu antes. Há personagens estranhíssimos, sequências loucas, uma performance impressionante do ator Denis Lavant, uma linda música cantada por Kylie Minogue e por aí vai. Enfim, você pode até odiá-lo, mas depois poderá dizer que viu.


FELIZ ANO NOVO! ATÉ 2013!

domingo, 23 de dezembro de 2012

O Exótico Hotel Marigold (The Best Exotic Marigold Hotel)


Dir.: John Madden; Escrito por Ol Parker; Com Judi Dench, Tom Wilkinson, Bill Nighy, Maggie Smith, Dev Patel. 2011 - Fox (124 min. - 10 anos)


Sete britânicos, integrantes da terceira idade, estão vivendo o pior momento de suas vidas. Há a viúva que sente falta do falecido marido, vítima de um ataque cardíaco, mas que sofre na hora de pagar ou negociar as dívidas deixadas por ele; há a senhora racista que além de ver o seu glorioso país cheio de imigrantes, está com um sério problema nos quadris; há o juiz da Suprema Corte que deseja encontrar a sua paixão da adolescência; tem o casal que está há décadas junto, mas que enfrenta agora uma grande crise no casamento; e por fim há os dois solteirões que querem encontrar um novo amor. Por bem ou por mal, o destino lhes une quando todos vão para a Índia, mais especificamente à cidade de Jaipur, e se hospedam num hotel caindo aos pedaços. Esta é a sinopse de "O Exótico Hotel Marigold", mais um daqueles filmes extremamente previsíveis que conseguem se sobressair devido ao enorme carisma do elenco.

O filme conta com a presença de grandes nomes do cinema britânico como as adoráveis Judi Dench e Maggie Smith (irretocável!) e os ótimos Bill Nighy e Tom Wilkinson, entre outros. Além disso, quem aparece aqui, numa atuação simpaticíssima, é Dev Patel (o protagonista do oscarizado "Quem Quer Ser um Milionário?") como o gerente do hotel que dá nome ao longa.

O roteiro, por sua vez, apesar de ser óbvio do início ao fim, é um daqueles textos extremamente agradáveis. Os personagens são todos humanos, até mesmo aqueles que mais nos irritam, e a história em si é digna dos melhores "feel-good movies". Além disso, a herança britânica colabora e muito com as situações apresentadas, uma vez que todas apresentam, quando necessário, aquele delicioso humor sarcástico, típico dos ingleses. Entretanto, quando o drama é chamado, ele não é melodramático nem piegas, mas bastante sutil e realista, o que ajudar a criar uma conexão entre o espectador e os personagens.

Não faz mal nenhum também a ótima trilha sonora de Thomas Newman, de forte influência indiana, e a belíssima fotografia de Ben Davis, que deixa até as mais sujas e caóticas cidades da Índia dignas de imagens de capa da National Geographic.

O filme parece uma novela para a terceira idade? Sim. Chega a ser uma obra-prima? Não, longe disso. Quem não gosta de comédia água com açúcar vai gostar? Dificilmente. Mas quem entrar na brincadeira vai se divertir? Com certeza!

NOTA: 3.5/5


O Homem da Máfia (Killing Them Softly)


Dir.: Andrew Dominik; Escrito por Andrew Dominik; Com Brad Pitt, Richard Jenkins, James Gandolfini, Ray Liotta. 2012 - Imagem (97 min. - 16 anos)


Apesar de ser australiano, o diretor Andrew Dominik parece ter um grande interesse pela história e pelo conjunto de valores que moldam a sociedade norte-americana. Em "O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford", Dominik usa a história de um dos bandidos mais famosos dos EUA para fazer um comentário sobre o culto às celebridades. Já em seu mais novo filme, "O Homem da Máfia", o diretor acompanha os serviços de um assassino profissional para analisar a forte ligação entre a sociedade americana e o capitalismo.

O filme tem como protagonista Jackie Cogan, um assassino profissional que é contratado pela máfia para eliminar indivíduos envolvidos com o roubo de uma casa de apostas. Entre os alvos estão os dois assaltantes, o chefe deles e o dono do local assaltado. Entretanto, não espere um filme frenético, cheio de explosões e tiroteios, pelo contrário, "O Homem da Máfia" sustenta-se basicamente nos diálogos entre os mafiosos e os seus funcionários. Mesmo assim, o longa é bastante eficiente e até consegue explicar os intricados planos da máfia de forma relativamente simples.

O elenco, por sua vez, é muito bem aproveitado. Brad Pitt está impecável como o grande canalha que é Cogan. Por sinal, a melhor cena do filme (a última) é a combinação perfeita entre os diálogos afiados de Andrew Dominik e a ótima performance de Pitt. Mas além do galã (num papel totalmente anti-galã, diga-se de passagem), estão também no filme Richard Jenkins, James Gandolfini e Ray Liotta e os desconhecidos Scoot McNairy e Ben Mendelsohn como os dois assaltantes. Todos eles estão muito bem.

Entretanto, o filme falha um pouco na transmissão de sua mensagem para o público. Fica claro que toda a história serve para ilustrar as consequências do capitalismo exacerbado que construiu a maior potência econômica do mundo, já que o diretor usa entrevistas de rádio e trechos de telejornais para localizar o espectador no tempo e no seu contexto político-econômico. Porém, Dominik acaba exagerando na dose, uma vez que em todo momento mais silencioso ele insere trechos de entrevistas ou comentários econômicos que falem sobre a crise de 2008.

Apesar de nunca recuperar a tensão presente em seu primeiro ato, no qual ocorre o assalto que desencadeia toda a história, "O Homem da Máfia" conta com roteiro, diretor e elenco eficientes para não deixar a peteca cair. Sem dúvida não merecia todo o ódio que vem recebendo do público.

NOTA: 3.5/5


sábado, 22 de dezembro de 2012

A Irmã da sua Irmã (Your Sister's Sister)


Dir.: Lynn Shelton; Escrito por Lynn Shelton; Com Emily Blunt, Rosemarie DeWitt, Mark Duplass. 2011 (90 min.)


"A Irmã da sua Irmã" é um daqueles típicos filmes independentes norte-americanos. Os cenários são poucos, o elenco não é grande - porém bastante eficiente -, o roteiro é composto praticamente de diálogos e os aspectos técnicos se resumem apenas ao necessário. E no caso do filme de Lynn Shelton, isso faz parte do charme do projeto, mesmo que o todo não seja perfeito.

O longa conta a história de Jack, um homem desleixado de trinta-e-poucos anos, que ao perder o seu irmão, entra em uma crise emocional. Então, sua melhor amiga, Iris (que por sinal, também era a namorada do falecido), manda-o tirar um dias de folga e ir para o chalé de seu pai, localizado num lugar extremamente tranquilo e isolado.

Porém, ao chegar lá, Jack percebe que não está sozinho, já que a irmã lésbica de Iris, Hannah, também está hospedada no chalé, se recuperando do término de um namoro. Os dois, então, resolvem afogar as mágoas na bebida, ficando completamente bêbados, o que faz com que eles transem, desestabilizando toda a amizade entre amigos e irmãs.

Não há dúvida alguma de que a melhor coisa de "A Irmã da sua Irmã" seja o ótimo trio de protagonistas. Mark Duplass, que costuma estar atrás das câmeras, dirigindo filmes junto de seu irmão, Jay, está muito bem como o típico homem infeliz que não vê mais razão alguma para continuar vivendo. Porém, o melhor fica por conta de Emily Blunt e Rosemary DeWitt, que estão perfeitas como as irmãs Iris e Hannah, respectivamente. Algumas das melhores cenas do filme envolvem conversas confessionais entre elas.

A ambientação do filme, feita basicamente no chalé e em seus arredores, também colabora para que o espectador preste mais atenção aos diálogos e às ótimas performances. Mesmo assim, o filme me pareceu por vezes monótono, o que acabou me afastando um pouco dele.

"A Irmã da sua Irmã" é um daqueles filmes que passariam desapercebidos caso não tivesse recebido uma indicação para DeWitt no Independent Spirit Award. Não merece ser ignorado porque é bastante simpático, porém não é nenhuma maravilha também.

NOTA: 3/5


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Época de Prêmios: Satellite Awards (vencedores)



Saíram os vencedores do Satellite Awards e o grande vencedor da noite foi "O Lado Bom da Vida" de David O. Russel. O filme ganhou cinco prêmios - melhor filme, diretor, ator, atriz e edição -, seguido de "Os Miseráveis" com três prêmios - atriz coadjuvante, som e canção original - e "As Aventuras de Pi" com dois troféus - melhor roteiro adaptado e fotografia.

Surpreendentemente, Javier Bardem ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante por "007 - Operação Skyfall" e "Amor" não venceu a categoria de melhor filme estrangeiro. Além disso, os grandes favoritos da temporada, "Lincoln" e "A Hora Mais Escura", levaram apenas um prêmio cada um - direção de arte e roteiro original, respectivamente.

MELHOR FILME: "O Lado Bom da Vida"

MELHOR DIRETOR: David O. Russel por "O Lado Bom da Vida"

MELHOR ATOR: Bradley Cooper por "O Lado Bom da Vida"

MELHOR ATRIZ: Jennifer Lawrence por "O Lado Bom da Vida"

MELHOR ATOR COADJUVANTE: Javier Bardem por "007 - Operação Skyfall"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: Anne Hathaway por "Os Miseráveis"

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL: Mark Boal por "A Hora Mais Escura"

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO: David Magee por "As Aventuras de Pi"

MELHOR FILME ESTRANGEIRO: "Intocáveis" e "Pieta" (empate)

MELHOR DOCUMENTÁRIO: "Chasing Ice"

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO OU MÍDIA MISTA: "A Origem dos Guardiões"

MELHOR FOTOGRAFIA: Claudio Miranda por "As Aventuras de Pi"

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE: Rick Carter por "Lincoln"

MELHOR FIGURINO: Manon Rasmussen por "A Royal Affair"

MELHOR EDIÇÃO: Jay Cassidy e Crispin Struthers por "O Lado Bom da Vida"

MELHOR TRILHA-SONORA ORIGINAL: Alexandre Desplat por "Argo"

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL: Claude Michel-Schönberg, Alain Boubil e Herbert Kretzmer por "Suddenly" de "Os Miseráveis"

MELHOR SOM: "Os Miseráveis"

MELHORES EFEITOS VISUAIS: "O Voo"

domingo, 16 de dezembro de 2012

Moonrise Kingdom (Moonrise Kingdom)


Dir.: Wes Anderson; Escrito por Wes Anderson e Roman Coppola; Com Bruce Willis, Edward Norton, Bill Murray, Frances McDormand. 2012 - Universal (94 min. - 12 anos)


Quando estreou no Festival de Cannes deste ano, em maio, "Moonrise Kingdom" foi adorado por todos. O que não faltaram foram elogios ao mais recente filme do diretor norte-americano Wes Anderson. Quando foi lançado nos cinemas da América do Norte, tornou-se instantaneamente um sucesso de bilheteria, rendendo 45 milhões de dólares sobre um orçamento de apenas 16 milhões. Portanto, é inegável a aceitação do filme tanto por parte dos críticos como também por parte do público. Entretanto, "Moonrise Kingdom" não me convenceu.

O longa, escrito por Anderson e por Roman Coppola (filho de Francis Ford e irmão de Sofia), narra o amor entre dois adolescentes, um menino órfão, membro do grupo dos escoteiros, e uma menina infeliz, filha de um bem-sucedido casal de advogados. Tudo começa quando ambos se conhecem numa apresentação de fim de ano da igreja e se interessam um pelo outro à primeira vista. Eles veem aí a oportunidade perfeita para fugir de suas vidinhas miseráveis e começarem a ser felizes.

Entretanto, quando os dois jovens somem, ainda mais às vésperas de uma terrível tempestade, toda a ilha de New Penzance se mobiliza para encontrá-los. Daí ocorrem uma série de confusões e indas-e-vindas que só vendo o filme para saber.

O longa, na realidade, até começa bem, tendo uma das melhores cenas de abertura que eu vi este ano no cinema. Além disso, é indiscutível a criatividade do diretor na hora de contar uma história. Anderson faz uso da edição, da trilha-sonora, da fotografia, enfim, de tudo para incrementar ainda mais a narrativa, e não apenas usá-los como um conjunto de acessórios.

Não é por nada que a fotografia de Robert Yeoman (frequente colaborador de Anderson), a trilha-sonora de Alexandre Desplat, a edição de Andrew Weisblum, o figurino de Kasia Walicka-Maimone, entre outros aspectos técnicos do filme sejam, realmente, suas maiores qualidades.

Além disso, o elenco também não deixa nada a desejar. Astros como Bruce Willis, Frances McDormand, Bill Murray, Edward Norton e Tilda Swinton estão todos muito bem, isso sem contar com o elenco juvenil que é ótimo. Mas quem rouba a cena mesmo são os dois protagonistas: Jared Gilman e Kara Hayward.

O problema, porém, de "Moonrise Kingdom" é que apesar de ter inúmeros pontos a seu favor, o filme me pareceu constantemente monótono. Fica a impressão de que o longa funciona muito mais como promessa do que como execução, já que em nenhum momento eu realmente me diverti (em alguns trechos eu dei umas risadinhas, mas nada mais que isso) ou me emocionei. Isso sem contar o final que é uma verdadeira desgraça, no qual fica parecendo que os roteiristas não sabiam o que fazer e resolveram inventar qualquer besteira para dar desfecho ao filme.

No final das contas, eu saí decepcionado de "Moonrise Kingdom", pois dava para ver que o filme poderia ser ótimo, pena que o principal, a história, não seja tão interessante quanto o resto.

NOTA: 2.5/5



sábado, 15 de dezembro de 2012

Sabrina (Sabrina)


Dir.: Billy Wilder; Escrito por Billy Wilder, Samuel Taylor e Ernest Lehman; Com Audrey Hepburn, Humphrey Bogart, William Holden. 1954 - Paramount (113 min.)


Não há como resistir à Audrey Hepburn! Apesar de não possui um físico que chame a atenção (ela era bem magra e longe de ser uma mulher curvilínea), Hepburn ganhava o coração do público através de seu enorme carisma. Toda vez que ela aparecia na tela, é como se a cena se iluminasse, ganhasse mais vida, e por isso se tornou o grande símbolo que é até hoje. E um dos primeiros filmes que fez depois de atingir o estrelato foi "Sabrina", de 1954.

Dirigida pelo mestre Billy Wilder, esta comédia romântica conta a história de uma jovem chamada Sabrina, filha do motorista de uma rica família de Nova York, que sempre quis estar nos grandes bailes da classe alta, acompanhada por um de seus integrantes, o herdeiro David. Porém, esse desejo nunca foi realizado, o que a torna uma pessoa extremamente triste e solitária.

Porém, ao voltar de Paris, onde passou um tempo aprendendo a cozinhar numa das melhores escolas de culinária do mundo, Sabrina se mostra uma mulher mudada: independente, bem-vestida e muito mais vistosa do que antes. Obviamente, isto chama a atenção de David, mas também de seu irmão mais velho, Linus. Forma-se, então, um dos triângulos amorosos mais famosos do cinema.

Uma das maiores qualidades de "Sabrina" é o seu elenco. Além de Hepburn, o trio de protagonistas conta com Humphrey Bogart e William Holden. Bogart, intérprete de Linus, faz muito bem o papel do homem aparentemente sisudo, mas que esconde um enorme coração. Enquanto isso, Holden está hilário como o playboy David, rendendo ótimos momentos cômicos, como quando seu personagem senta sobre duas taças de champanhe e depois tem que sofrer com o seu tratamento nada comum.

Falando em humor, o roteiro de "Sabrina" também é ótimo. Apesar de ser basicamente um conto de fadas em plena Nova York, o longa consegue tratar também de assuntos sérios como o suicídio. Entretanto, tudo é feito de forma bastante leve para não chocar. Além disso, o roteiro de Wilder e Ernest Lehman é um exemplo perfeito de equilíbrio entre romance e sátira. Apesar de contar uma história de amor, o filme faz uma crítica bem forte aos ricos nova-iorquinos, retratando-os muitas vezes como pessoas frias para com os mais pobres, mas ao mesmo tempo, extremamente imaturas, como fica claro nas diversas festas que acontecem durante o filme.

Enfim, para quem é fã do gênero, "Sabrina" é um título indispensável.

NOTA: 4/5


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Época de Prêmios: Globo de Ouro



Foram anunciados ontem, dia 13 de dezembro, os indicados ao Globo de Ouro, a segunda festa mais importante desta temporada de prêmios, perdendo apenas para o Oscar. Como de costume, o Globo de Ouro costuma ter uma lista bem interessante, com algumas surpresas, sejam elas boas ou ruins. Parte disso se deve à divisão de categorias em drama e comédia/musical.

Este ano, o mais filme mais indicado foi "Lincoln" de Steven Spielberg com sete indicações. "Argo" de Ben Affleck ficou com cinco indicações, assim como "Django Livre" de Quentin Tarantino, que recebeu um impulso necessário, ainda mais depois da esnobada completa no SAG. E empatados com quatro categorias cada ficaram "A Hora Mais Escura" de Kathryn Bigelow e "Os Miseráveis" de Tom Hooper (surpreendentemente esnobado na categoria melhor diretor).

Entre as surpresas da lista temos a ausência de "O Mestre" da categoria de melhor filme dramático, assim como a indicação de "Amor Impossível" para melhor filme comédia/musical. Além disso, devido à divisão do prêmio entre dois gêneros tivemos algumas surpresas nas categorias de atuação. Em melhor ator dramático tivemos a indicação de Richard Gere por "A Negociação". Dizem muitos que esta é a sua melhor interpretação. Já em melhor atriz dramática, o Globo seguiu o SAG e indicou Marion Cotillard, Helen Mirren e Naomi Watts, além de reconhecer a atuação de Rachel Weisz em "The Deep Blue Sea", que lhe rendeu uma vitória entre os críticos de Nova York. Entretanto, a ausência de Emmanuelle Riva de "Amor" da categoria foi inesperada. Mas a maior surpresa foi a indicação de Nicole Kidman por "The Paperboy" em melhor atriz coadjuvante (uma categoria em que não há divisão de gêneros), indicando que ela pode vir a se tornar um nome forte nesta segunda metade da temporada de prêmios.

CINEMA:

MELHOR FILME - DRAMA:
  • "Argo"
  • "Django Livre"
  • "As Aventuras de Pi"
  • "Lincoln"
  • "A Hora Mais Escura"
MELHOR FILME - COMÉDIA OU MUSICAL:
  • "O Exótico Hotel Marigold"
  • "Os Miseráveis"
  • "Moonrise Kingdom"
  • "O Lado Bom da Vida"
  • "Amor Impossível"
MELHOR ATOR - DRAMA:
  • Daniel Day-Lewis por "Lincoln"
  • Richard Gere por "A Negociação"
  • John Hawkes por "As Sessões"
  • Joaquin Phoenix por "O Mestre"
  • Denzel Washington por "O Voo"
MELHOR ATRIZ - DRAMA:
  • Marion Cotillard por "Ferrugem e Osso"
  • Jessica Chastain por "A Hora Mais Escura"
  • Helen Mirren por "Hitchcock"
  • Naomi Watts por "O Impossível"
  • Rachel Weisz por "The Deep Blue Sea"
MELHOR ATRIZ - COMÉDIA OU MUSICAL:
  • Emily Blunt por "Amor Impossível"
  • Jennifer Lawrence por "O Lado Bom da Vida"
  • Judi Dench por "O Exótico Hotel Marigold"
  • Maggie Smith por "Quartet"
  • Meryl Streep por "Um Divã para Dois"
MELHOR ATOR - COMÉDIA OU MUSICAL:
  • Jack Black por "Bernie"
  • Bradley Cooper por "O Lado Bom da Vida"
  • Hugh Jackman por "Os Miseráveis"
  • Ewan McGregor por "Amor Impossível"
  • Bill Murray por "Um Fim de Semana em Hyde Park"
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE:
  • Anne Hathaway por "Os Miseráveis"
  • Helen Hunt por "As Sessões"
  • Amy Adams por "O Mestre"
  • Sally Field por "Lincoln"
  • Nicole Kidman por "The Paperboy"
MELHOR ATOR COADJUVANTE:
  • Alan Arkin por "Argo"
  • Phillip Seymour Hoffman por "O Mestre"
  • Christoph Waltz por "Django Livre"
  • Leonardo DiCaprio por "Django Livre"
  • Tommy Lee Jones por "Lincoln"
MELHOR DIRETOR:
  • Ben Affleck por "Argo"
  • Ang Lee por "As Aventuras de Pi"
  • Steven Spielberg por "Lincoln"
  • Quentin Tarantino por "Django Livre"
  • Kathryn Bigelow por "A Hora Mais Escura"
MELHOR ROTEIRO:
  • "O Lado Bom da Vida"
  • "Argo"
  • "Django Livre"
  • "A Hora Mais Escura"
  • "Lincoln"
MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO:
  • "Valente"
  • "Frankenweenie"
  • "Detona Ralph"
  • "A Origem dos Guardiões"
  • "Hotel Transilvânia"
MELHOR FILME ESTRANGEIRO:
  • "Intocáveis"
  • "Amor"
  • "A Royal Affair"
  • "Ferrugem e Osso"
  • "Kon-Tiki"
MELHOR TRILHA SONORA:
  • "Anna Karenina"
  • "As Aventuras de Pi"
  • "Argo"
  • "Lincoln"
  • "A Viagem"
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL:
  • "For You" ("Ato de Coragem")
  • "Not Running Anymore" ("Stand Up Guys")
  • "Safe & Sound" ("Jogos Vorazes")
  • "Skyfall" ("007 - Operação Skyfall")
  • "Suddenly" ("Os Miseráveis")
Já na área de televisão, o Globo de Ouro, ao contrário do SAG, deu mais atenção a séries novas. Por isso, "Girls", "Veep" e "The Newsroom", todas da HBO, marcaram presença. Entretanto, há os favoritos de sempre também como "Breaking Bad", "Homeland", "Boardwalk Empire", "Downton Abbey" e "Modern Family". Mas, não faltaram surpresas como a ausência de "Mad Men" da categoria de melhor série dramática e a presença de "Smash" (uma série quem tem perdido o carinho dos críticos faz tempo) entre os indicados a melhor série comédia/musical.

TELEVISÃO:

MELHOR SÉRIE - DRAMA:
  • "Breaking Bad"
  • "Boardwalk Empire"
  • "Downton Abbey"
  • "Homeland"
  • "The Newsroom"
MELHOR SÉRIE - COMÉDIA OU MUSICAL:
  • "The Big Bang Theory"
  • "Episodes"
  • "Girls"
  • "Modern Family"
  • "Smash"
MELHOR ATOR EM SÉRIE - DRAMA:
  • Steve Buscemi por "Boardwalk Empire"
  • Bryan Cranston por "Breaking Bad"
  • Jeff Daniels por "The Newsroom"
  • Jon Hamm por "Mad Men"
  • Damian Lewis por "Homeland"
MELHOR ATRIZ EM SÉRIE - DRAMA:
  • Connie Britton por "Nashville"
  • Glenn Close por "Damages"
  • Claire Danes por "Homeland"
  • Michelle Dockery por "Downton Abbey"
  • Julianna Margulies por "The Good Wife"
MELHOR ATRIZ EM SÉRIE - COMÉDIA OU MUSICAL:
  • Zooey Deschanel por "New Girl"
  • Julia Louis-Freyfus por "Veep"
  • Lena Dunham por "Girls"
  • Tina Fey por "30 Rock"
  • Amy Poehler por "Parks and Recreation"
MELHOR ATOR EM SÉRIE - COMÉDIA OU MUSICAL:
  • Alec Baldwin por "30 Rock"
  • Don Cheadle por "House of Lies"
  • Louis C.K. por "Louie"
  • Matt LeBlanc por "Episodes"
  • Jim Parsons por "The Big Bang Theory"
MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE OU TELEFILME:
  • Kevin Costner por "Hatfields & McCoys"
  • Benedict Cumberbatch por "Sherlock"
  • Woody Harrelson por "Game Change"
  • Tobey Jones por "The Girl"
  • Clive Owen por "Hemingway & Gellhorn"
MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE OU TELEFILME:
  • Nicole Kidman por "Hemingway & Gellhorn"
  • Jessica Lange por "American Horror Story"
  • Sienna Miller por "The Girl"
  • Julianne Moore por "Game Change"
  • Sigourney Weaver por "Political Animals"
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE, MINISSÉRIE OU TELEFILME:
  • Hayden Panettiere por "Nashville"
  • Archie Panjabi por "The Good Wife"
  • Sarah Paulson por "Game Change"
  • Maggie Smith por "Downton Abbey"
  • Sofia Vergara por "Modern Family"
MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE, MINISSÉRIE OU TELEFILME:
  • Max Greenfield por "New Girl"
  • Ed Harris por "Game Change"
  • Danny Huston por "Magic City"
  • Mandy Patinkin por "Homeland"
  • Eric Stonestreet por "Modern Family"
MELHOR MINISSÉRIE OU TELEFILME:
  • "Game Change"
  • "The Girl"
  • "Hatfields & McCoys"
  • "The Hour"
  • "Political Animals"