terça-feira, 19 de junho de 2012

Fonte da Vida (The Fountain)


Dir.: Darren Aronofsky; Escrito por Darren Aronofsky; Com Hugh Jackman, Rachel Weisz, Ellen Burstyn. 2006 - Fox (96 min. - 14 anos)


A relação entre o ser humano e a morte sempre foi complicada. Alguns grupos a veem como algo bom, outros como uma desgraça. Para alguns existe vida após a morte, para outros ela é o fim de tudo. Não precisa ser muito esperto para entender porque essa relação é tão conturbada: nós, humanos, simplesmente não sabemos como é a morte e o que vem depois dela; o que sabemos é fruto de lendas, crenças, mas provas concretas, só quem já a vivenciou as tem; porém, quem a vivenciou não está mais entre nós (pelo menos não em corpo). Por isso mesmo, a discussão levantada por "Fonte da Vida" é interessante: o que é a morte para a vida, e o que é a vida para a morte?

Para criar hipóteses para esta pergunta, o diretor Darren Aronofsky resolveu contar uma história de amor atemporal, literalmente. O longa cobre um período de mil anos, mais especificamente os séculos XVI, XXI e XXVI. Em cada um deles, uma história se desenrola.

No século XVI, um conquistador chamado Tomás é chamado pela rainha da Espanha para ir até às Américas com o objetivo de achar uma pirâmide maia perdida no meio da floresta na qual está localizada a Árvore da Vida, uma vez que esta é a única maneira de salvar o reino espanhol das garras da Inquisição.

No século XXI, um neurocientista chamado Tommy procura uma cura para o câncer a fim de conseguir curar a sua esposa, Izzy, vítima da doença. Com o avançar das pesquisas, descobre-se que a solução esteja ligada a uma árvore localizada na América Central, mais precisamente na Guatemala.

Já no século XXVI, um viajante espacial chamado Tom, vive dentro de uma esfera alimentando-se da casca de uma enorme árvore da qual cuida e com a qual se comunica.

Já sei o que você deve estar pensando: "que filme mais maluco!"; realmente, "Fonte da Vida" não é dos filmes mais fáceis de se assistir, porém com um pouco de esforço consegue-se aproveitar a experiência, principalmente o seu ato intermediário.

Com ótimas performances de Hugh Jackman e Rachel Weisz, uma bela fotografia de Matthew Libatique e uma trilha sonora emocionante de Clint Mansell, "Fonte da Vida" se perde no final (ou fui eu que me perdi?), mas por não ser longo (tem apenas 96 minutos) não chega a cansar, sendo, no mínimo uma experiência única e fonte para algumas conversas.

NOTA: 3/5



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