Esse é o terceiro e melhor filme do diretor australiano Baz Luhrmann, conhecido por fazer longas de visual marcante, com ritmo acelerado e trilha sonora anacrônica. Assim como os outros filmes do diretor, "Moulin Rouge" é um caso clássico de ame-ou-odeie, mas mesmo quem não gostou do filme deve, pelo menos, admitir que ele tem suas qualidades como a fotografia vibrante, a direção de arte impecável e o repertório agitado e variado de músicas pop. Para aqueles que o amam há ainda outros pontos a serem elogiados, como o tom satírico que permeia muitas sequências do longa e o modo como Luhrmann conseguiu deixar uma história pra lá de batida, baseada na ópera "La Traviata", no romance "A Dama das Camélias" e no mito grego de Orfeu, original e envolvente. O filme foi indicado a 8 Oscars, incluindo melhor filme, mas, injustamente, não foi feita nenhuma menção ao inventivo diretor.
[Dir.: Baz Luhrmann; Escrito por Baz Luhrmann e Craig Pearce; Com Ewan McGregor, Nicole Kidman, Jim Broadbent, John Leguizamo, Richard Roxburgh. 2001 - Fox (127 min. - 12 anos)]
Um Misterioso Assassinato em Manhattan (Manhattan Murder Mystery): (4/5)
O segundo de dois filmes que Woody Allen lançou pela TriStar, "Um Misterioso Assassinato em Manhattan" acompanha um casal de meia-idade, vivido por Allen e sua amiga de longa data Diane Keaton, que começa a suspeitar que seu vizinho assassinou a própria mulher, o que faz com que os dois comecem uma investigação atrapalhada, mas ao mesmo tempo, bastante perigosa. O engraçado desse filme é que, de início, ele nem é muito engraçado, porém, com o desenrolar da narrativa, essa espécie de "Janela Indiscreta" para fãs de Woody Allen envolve cada vez mais e apresenta situações ainda mais divertidas. Além de Allen e Keaton, o longa também conta com atuações inspiradas de Alan Alda e Anjelica Huston, como amigos do casal que também se envolvem no mistério que dá título ao filme.
[Dir.: Woody Allen; Escrito por Woody Allen e Marshall Brickman; Com Woody Allen, Diane Keaton, Alan Alda, Anjelica Huston. 1993 (104 min. - 14 anos)]
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Cenas em um Shopping (Scenes from a Mall): (2/5)
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Uma Vida Iluminada (Everything is Illuminated): (3.5/5)
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O Segredo de Berlim (The Good German): (3/5)
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Na Terra de Amor e Ódio (In the Land of Blood and Honey): (3.5/5)
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Southland Tales: O Fim do Mundo (Southland Tales): (1/5)
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A Dama na Água (Lady in the Water): (2.5/5)
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Cenas em um Shopping (Scenes from a Mall): (2/5)
É realmente difícil de entender como "Cenas em um Shopping" deu errado. O diretor Paul Mazursky conseguiu reunir dois ótimos comediantes, Woody Allen e Bette Midler, em um mesmo filme, mas o resultado final, exceto em suas cenas iniciais, é extremamente sem graça. O diretor, assim como os dois protagonistas, até tentam tirar alguma coisa engraçada do roteiro escrito por ele mesmo e por Roger L. Simon, porém se a quantidade de piadas é grande, o mesmo não se pode dizer da qualidade delas. Além disso, o lado mais dramático do filme, que envolve os dois cônjuges confessando as suas traições, é raso e não traz nada de novo, assim como o personagem do mímico que persegue o casal por todo o shopping e que chega ao final sem dizer a que veio. Uma ótima oportunidade perdida!
[Dir.: Paul Mazursky; Escrito por Paul Mazursky e Roger L. Simon; Com Woody Allen, Bette Midler. 1991 - Buena Vista (89 min. - 12 anos)]
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Uma Vida Iluminada (Everything is Illuminated): (3.5/5)
Primeiro, e até agora único, filme dirigido pelo ator Liev Schreiber, "Uma Vida Iluminada" é uma adaptação do romance homônimo de Jonathan Safran Foer (que teve outro livro, "Extremamente Alto e Incrivelmente Perto", adaptado para as telas, com menos sucesso, em "Tão Forte e Tão Perto"). O longa conta a história de um escritor, o próprio Foer, que coleciona objetos familiares e que, ao receber uma foto deixada pelo seu falecido avô, decide ir à Ucrânia descobrir as origens daquela fotografia. O caso de "Uma Vida Iluminada" é bastante peculiar: geralmente, um filme sofre com uma mudança brusca de gênero, especialmente quando vai da comédia ao drama. Porém, no caso do longa de Schreiber, a história fica muito mais interessante quando assume o seu lado dramático, se tornando uma bela e uma emocionante reflexão sobre a importância da família. Além disso, o filme só tem a ganhar com as ótimas atuações de Elijah Wood e Eugene Hutz, com o excelente trabalho de fotografia de Matthew Libatique e com a trilha sonora empolgante de Paul Cantelon. Ficamos, então, na espera pelo próximo filme de Schreiber.
[Dir.: Liev Schreiber; Escrito por Liev Schreiber; Com Elijah Wood, Eugene Hutz, Boris Leskin, Laryssa Lauret. 2005 - Warner (106 min. - 14 anos)]
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O Segredo de Berlim (The Good German): (3/5)
Dirigido por Steven Soderbergh, "O Segredo de Berlim" é, no mínimo, um filme curioso. O longa emula os filmes noir dos anos 1940, fazendo homenagens principalmente a "Casablanca", seja no pôster, seja na última cena, passada em um aeroporto. Entretanto, se é notável o cuidado que Soderbergh tomou ao criar um filme de visual idêntico ao daquela época, usando, inclusive, técnicas e equipamentos do período, também é sensível a falta de substância da história em si. Se a fotografia, a direção de arte, os figurinos e a trilha sonora são ótimas e as atuações também não deixam nada a desejar, o enredo de "O Segredo de Berlim" não consegue empolgar e parece ficar na primeira marcha o filme todo. Valeu a tentativa.
[Dir.: Steven Soderbergh; Escrito por Paul Attanasio; Com George Clooney, Cate Blanchett, Tobey Maguire. 2006 - Warner (105 min. - 16 anos)]
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Na Terra de Amor e Ódio (In the Land of Blood and Honey): (3.5/5)
"Na Terra de Amor e Ódio" é o primeiro filme dirigido por Angelina Jolie. O filme acompanha um casal (ele é sérvio, ela é bósnia) que fica em lados opostos da Guerra da Bósnia, no início dos anos 1990. Claramente influenciada pelo seu trabalho na ACNUR, setor da ONU responsável pela questão dos refugiados, Jolie cria aqui um longa que não mede esforços em mostrar as atrocidades cometidas num dos conflitos mais violentos do pós-Segunda Guerra. Para isso, a atriz se aliou a um ótimo time, tanto na frente quanto atrás das câmeras, e fez um filme honesto e bonito, mesmo que seja mais a favor dos bósnios, talvez por essa ser a nacionalidade da protagonista feminina, e mais longo do que devia.
[Dir.: Angelina Jolie; Escrito por Angelina Jolie; Com Zana Marjanovic, Goran Kostic, Rade Serbedzija. 2011 - Paris Filmes (127 min. - 16 anos)]
Southland Tales: O Fim do Mundo (Southland Tales): (1/5)
Segundo longa do diretor Richard Kelly, "Southland Tales" é um dos piores filmes que eu já vi! Sim, Kelly, tentando superar seu filme de estreia, "Donnie Darko", realizou um longa incrivelmente ambicioso, apostando suas cartas em uma história que envolve viagens no tempo, o fim do mundo, a eclosão da Terceira Guerra Mundial, os EUA numa realidade alternativa. Porém, apesar de ser bem dirigido, o roteiro de "Southland Tales" é uma porcaria com "P" maiúsculo. Mesmo me esforçando para pegar todos os detalhes, com 20 minutos de filme eu já não estava entendendo mais nada e a grande revelação do final do filme fez a minha cabeça virar um omelete de vez. Além disso, o diretor, ao fazer uma crítica à cultura norte-americana, acaba perdendo a mão e criando personagens e situações ridículas, que deixaria qualquer outro diretor de ficção-científica morrendo de vergonha. Enfim, uma verdadeira furada que nem mesmo os próprios atores conseguem entender.
[Dir.: Richard Kelly; Escrito por Richard Kelly; Com Dwayne Johnson, Seann William Scott, Sarah Michelle Gellar, Justin Timberlake. 2006 - Universal (145 min. - 16 anos)]
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A Dama na Água (Lady in the Water): (2.5/5)
"A Dama na Água" é uma espécie de contos de fadas do século XXI realizado no auge da Guerra do Iraque. O longa relata a chegada de uma ninfa à piscina de um condomínio de apartamentos nos arredores da Filadélfia, a fim de alertar os humanos sobre os perigos que sua raça sofre em consequência às guerras e outros conflitos violentos, e como isso pode acabar com a existência humana. Para isso, ela recebe a ajuda do tímido, mas amigável zelador do condomínio. O filme de M. Night Shyamalan tem como sua principal qualidade o ótimo entrosamento de todo o elenco, marcado por atores de diferentes etnias, criando um paralelo entre o condomínio do filme e os EUA. Porém, se a promessa é bastante interessante e o filme em si é simpático, Shyamalan revela aqui uma certa falta de criatividade, usando soluções fáceis em seu roteiro, dando a impressão de que primeiro inventou a reviravolta do filme para depois criar uma história que se encaixasse a ela. Além disso, o filme também sofre com o pedantismo do diretor que se escalou para viver um escritor destinado a inspirar um futuro Presidente dos EUA. Pelo menos, se o seu roteiro deixa a desejar, o diretor ainda se mostra um realizador eficiente.
[Dir.: M. Night. Shyamalan; Escrito por M. Night Shyamalan; Com Paul Giamatti, Bryce Dallas Howard, Bob Balaban. 2006 - Warner (110 min. - 10 anos)]
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