segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Filmes em DVD (parte 3):

Katy Perry: Part of Me (idem): (4/5)

Mais um dos filmes que aproveitaram a onda de filmes-concerto em 3D, "Katy Perry: Part of Me" é um documentário que foi feito para servir apenas de peça promocional para a maior hit-maker do momento, porém, se outros artistas fizeram filmes semelhantes que mais parecem amaciantes de ego do que qualquer outra coisa, "Part of Me" é genuinamente divertido! As músicas são grudentas por natureza (até quem não gosta da cantora conhece pelo menos o refrão de uma de suas canções), as cenas dos shows são bem filmadas, o ritmo é dinâmico e, o principal de tudo, Katy Perry tem carisma em abundância, o que só beneficia o filme. Há, sim, momentos desnecessários como aqueles em que fãs dão os seus depoimentos do quanto sofreram bullying e a música de Perry lhes deu autoestima, assim como também é, no mínimo, estranho ver a cantora receber em seu "meet-and-greet" um monte de crianças logo depois de cantar músicas como "Peacock", cujo refrão deixa bem claro as intenções de Perry. Mas mesmo com prós e contras, "Katy Perry: Part of Me" são 93 minutos bem aproveitados.

[Dir.: Dan Cutforth e Jane Lipsitz; Com Katy Perry. 2012 - Paramount (93 min. - Livre)]

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Histeria (Hysteria): (3.5/5)

Mais uma daquelas deliciosas comédias de época inglesas que de tempos em tempos são feitas, "Histeria" já vale o aluguel do DVD pela premissa: o que fez com que alguém decidisse criar o vibrador e qual foi o impacto que isso causou na Londres do século XIX? Porém, só isso não faria o longa de Tanya Wexler ser tão bom quanto o é. Para isso, tem-se um roteiro simpático e engraçado, ainda que previsível ao extremo, personagens verdadeiramente carismáticos e atores muito bem em seus respectivos papéis, especialmente a dupla de protagonistas, Hugh Dancy e Maggie Gyllenhaal. Elogios também devem ser feitos à ótima direção de arte e ao figurino.


[Dir.: Tanya Wexler; Escrito por Stephen Dyer e Jonah Lisa Dyer; Com Hugh Dancy, Maggie Gyllenhaal, Jonathan Pryce, Felicity Jones, Rupert Everett. 2011 - Imagem Filmes (100 min. - 14 anos)]

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Sinais (Signs): (3/5)

Depois de "O Sexto Sentido", este é o maior sucesso comercial da carreira de M. Night Shyamalan. Entretanto, "Sinais" já dá sinais do desgaste da fórmula eternizada pelo filme mais famoso do diretor, que ficou conhecido pelos finais surpreendentes. Nesse longa de 2002, o diretor faz uma homenagem aos antigos filmes de invasão alienígena, o que fica ainda mais evidente pela ótima trilha sonora de James Newton Howard. Assim como em outros filmes de Shyamalan, o competência do diretor na hora de filmar e de criar tensão é o que leva "Sinais" em frente. Além disso, o entrosamento entre Mel Gibson e Joaquin Phoenix, que vivem irmãos, é muito bom. Porém, a reviravolta final é meio forçada e a própria história em si não é lá grandes coisas.

[Dir.: M. Night Shyamalan; Escrito por M. Night Shyamalan; Com Mel Gibson, Joaquin Phoenix, Rory Culkin, Abigail Breslin. 2002 - Buena Vista (106 min. - 12 anos)]

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Tempo de Matar (A Time to Kill): (3.5/5)

Dirigido por Joel Schumacher e baseado no livro de John Grisham, "Tempo de Matar" é um interessante e envolvente filme de tribunal, mesmo que não seja perfeito. O longa acompanha o julgamento de um negro que matou os dois estupradores de sua filha de 10 anos. O problema é que os dois criminosos eram brancos e a história se desenrola no Mississippi, um dos estados estadunidenses mais marcados pela herança racista. O filme beneficia-se do bom desempenho de seu elenco, encabeçado por Matthew McConaughey, Sandra Bullock e Samuel L. Jackson, e da trama bem construída por Grisham e adaptada às telas por Akiva Goldsman. Entretanto, o longa peca, primeiro, em sua duração excessiva de duas horas e meia e, segundo, em toda a subtrama envolvendo o ressurgimento da Ku Klux Klan, que soa extremamente forçado.

[Dir.: Joel Schumacher; Escrito por Akiva Goldsman; Com Matthew McConaughey, Sandra Bullock, Samuel L. Jackson, Kevin Spacey. 1996 - Warner (149 min. - 14 anos)]

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Poder sem Limites (Chronicle): (4/5)

Um dos filmes de super-herói mais interessantes dos últimos anos, "Poder sem Limites" conta a história de três jovens, que após serem contaminados por uma substância estranha, adquirem poderes telecinéticos. Porém, se de início, está tudo bem, as coisas começam a piorar quando um deles deixa o poder subir à cabeça. Dirigido pelo estreante Josh Trank e escrito por Max Landis (filho de John), o longa conta com três ótimas performances de seu trio de protagonistas, além de representar uma lufada de ar fresco no saturado gênero de "found footage" (filmagem encontrada). Não apenas isso, o filme também consegue manter um bom ritmo, favorecido pelos enxutos 84 minutos de duração, e apresenta um clímax de deixar qualquer um na ponta da cadeira.

[Dir.: Josh Trank; Escrito por Max Landis; Com Dane DeHaan, Alex Russell, Michael B. Jordan. 2012 - Fox (84 min. - 14 anos)]

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Cold Mountain (idem): (2.5/5)

Penúltimo filme do finado diretor Anthony Minghella, oscarizado por "O Paciente Inglês", "Cold Mountain" é, sem dúvida alguma, um filme bastante ambicioso. O longa acompanha a história de um casal separado pela Guerra Civil norte-americana. Ele, após ser ferido em combate, é levado ao hospital. Porém, assim que pode, foge de lá, tornando-se um desertor, e enquanto tenta voltar para os braços de sua amada, se esconde das autoridades e conhece civis afetados pela Guerra. Ela, por outro lado, vê a fazenda onde vive se deteriorar rapidamente até que recebe a ajuda de uma moça simples, mas forte, e juntas elas começam a reerguer a propriedade, ao mesmo tempo, que veem a cidade onde vivem, a Cold Mountain do título, se tornar vítima das barbáries das autoridades locais. Apesar de contar com uma produção de respeito, uma bela trilha sonora de Gabriel Yared e atuações de ótima qualidade, o filme de Minghella peca no enredo. Ao dividir o filme, basicamente, em dois, o diretor/roteirista deixa claro a discrepância de qualidade entre as histórias. Enquanto a parte das moças, protagonizada por Nicole Kidman e Renée Zellweger, funciona muito bem, a outra metade do filme, ancorada por Jude Law, é uma chatice sem fim, mesmo tendo participações mais do que especiais de atores como Philip Seymour Hoffman e Natalie Portman.

[Dir.: Anthony Minghella; Escrito por Anthony Minghella; Com Jude Law, Nicole Kidman, Renée Zellweger. 2003 - Buena Vista (154 min. - 16 anos)]

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