Dir.: Richard Kelly; Escrito por Richard Kelly; Com Cameron Diaz, James Marsden, Frank Langella. 2009 - Imagem (115 min. - 14 anos)
"A Caixa" é aquele tipo de filme cujo trailer atrai o espectador rapidamente, mas que após ser visto em sua forma integral causa as mais diversas reações: desde "incrível!" até "sério?!". Para ser sincero, eu fui um desses que simplesmente não acreditou no que viu, no mau sentido.
A
premissa do filme é bastante interessante e curiosa: um casal, Norma e Arthur,
recebe um dia de manhã uma embalagem junto com um bilhete. Dentro da embalagem
há uma caixa com um botão no centro, enquanto que no bilhete há assim escrito:
"o sr. Steward irá visitá-los às cinco da tarde". Quando, o tal sr.
Steward aparece, ficamos sabendo do que se trata a tal caixa. Caso o seu botão
for pressionado, o casal recebe um milhão de dólares, mas causa a morte de uma
pessoa que eles não conhecem. Caso contrário, a caixa é devolvida e a oferta
será feita a outro casal.
Através
de cenas que apresentam as personagens, ficamos sabendo que Norma é uma professora
de uma escola particular e que Arthur é um funcionário da NASA. Além disso,
fica claro que a vida do casal não está fácil. Norma recebe a notícia de que o
desconto na mensalidade do colégio para filhos de professores vai ser cortado,
e que, portanto, para que seu filho, Walter, continue estudando na instituição,
ela e o marido terão que arranjar dinheiro para pagar a mensalidade integral.
Enquanto isso, Arthur é recusado para servir como astronauta, o que
impossibilita o aumento de sua renda familiar.
Fica
claro, então, de que não há outra opção para o casal a não ser apertar o botão
da caixa e aceitar a quantia de um milhão de dólares oferecida pelo sr.
Steward. Entretanto, quando isto é feito a situação se complica e a vida de
Norma e Arthur é posta em perigo.
Mas,
afinal, com um início tão intrigante, o que pode ter dado errado? Simples, o
que a princípio era atípico, mas crível, torna-se a partir do meio do filme
algo completamente absurdo, às vezes beirando o ridículo. Não posso contar o
que me deixou com a pulga atrás da orelha neste trecho longo do filme, pois
senão estrago toda a surpresa para quem, eventualmente, queira assisti-lo, mas
fica a crítica.
Outro
ponto que também não me agradou foi a atuação de alguns integrantes do elenco,
principalmente Cameron Diaz. Apesar de ser uma das atrizes de que mais gosto,
neste filme Diaz atua de uma forma bastante afetada. O tempo todo ela fala com
uma voz calma e aguda, até mesmo em momentos de maior tensão.
O
roteiro também, por vezes, peca nos diálogos. Algumas das falas entre Diaz e
James Marsden, os protagonistas, são bem ruinzinhas. Uma delas ocorre logo no
início do filme quando os dois estão na cozinha, discutindo se apertam ou não o
botão da caixa e Marsden pergunta para Diaz: "você me conhece?"; para
o qual Diaz responde: "melhor do que você mesmo". Chega a ser paradoxal
um filme comercial, mas com pretensões mais artísticas como este ter diálogos
desse nível.
Mesmo
assim, o filme, felizmente, tem alguns pontos positivos. A fotografia, o
figurino e a direção de arte juntas contribuem para criar um clima nostálgico
ao filme, que se passa na década de 1970. Além destes, a trilha sonora, apesar
de ser um pouco irregular, também traz o clima certo ao longa.
NOTA: 2.5/5
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