Dir.: Dennis Dugan; Escrito por Allan Loeb e Timothy Dowling; Com Adam Sandler, Jennifer Aniston, Nicole Kidman. 2011 - Sony (117 min.)
"Esposa de Mentirinha" é um filme típico do Adam Sandler: uma mistura de romance, grosseria, mulheres bonitas e personagens estereotipados. E o maior problema de "Esposa de Mentirinha" é exatamente alguns desses fatores.
Primeiro
de tudo, a premissa desse filme já é absurda: um homem finge ter um casamento
horrível para poder se lamentar para as mulheres (essas, obviamente, ficam com
pena) e assim conseguir o que quer: sexo. Mas até aí tudo bem, afinal o que não
falta são comédias românticas com premissas excêntricas.
Continuando,
tem aquele problema clássico dos filmes do Adam Sandler: ele sempre tem que ser
um garanhão! Todos nós sabemos que Adam Sandler como um verdadeiro imã de
mulheres não convence. Mas esse aspecto também é perdoável, afinal o número de
comédias nas quais Adam Sandler é a definição de macho alfa é bem grande.
Mas
então qual é o problema de "Esposa de Mentirinha"? O maior problema é
essa mistura de comédia romântica com piadas grosseiras. Pior ainda, esse
problema, nesse caso, refere-se apenas à "Esposa de Mentirinha".
Outras comédias românticas como "Ligeiramente Grávidos" e "Quem
Vai Ficar Com Mary?" conseguiram relacionar bem o romance com as piadas de
mau gosto, só que neste filme elas são tão juvenis que, simplesmente, não
conseguem se encaixar com a parte romântica do filme. Afinal, quem quer ver uma
comédia romântica não está a fim de ver um homem segurar um coco com as
nádegas! Essa piada do coco talvez até funcionaria num outro filme de Sandler
como "Eu os Declaro Marido e Larry" ou "Zohan - O Agente Bom de
Corte", mas neste filme fica apenas apelativo.
Outro
problema é a necessidade de se pôr num filme do Adam Sandler coadjuvantes que
parecem mais verdadeiras caricaturas. Novamente, se isso acontecesse num outro
filme de Sandler até funcionaria, mas neste caso, fica a impressão de que
aquele personagem foi posto apenas para atrair um público mais novo para um
filme que, em outra situação, seria voltado para o público adulto.
Resumindo,
a necessidade de infantilizar um filme que outrora seria para adultos apenas
para conseguir uma bilheteria maior é o grande problema desse filme.
Felizmente,
o longa tem as suas qualidades. Adam Sandler e Jennifer Aniston têm muita
química juntos além de um ótimo timing cômico e, definitivamente, mereciam um
filme melhor. Além disso, Nicole Kidman numa pontinha como a inimiga de
faculdade de Aniston mostra que também possui talento cômico e pode ser melhor
aproveitada nesse gênero do que já foi até agora. Para falar a verdade, o único
no elenco que está mal é Nick Swardson, comediante amigo de Sandler que está
insuportável na pele do primo do protagonista.
NOTA: 2.5/5
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