sexta-feira, 11 de maio de 2012

Cavalo de Guerra (War Horse)


Dir.: Steven Spielberg; Escrito por Lee Hall e Richard Curtis; Com Jeremy Irvine, Emily Watson, Tom Hiddleston. 2011 - Disney (146 min. - 12 anos)

"Cavalo de Guerra" realmente não tem um bom trailer. Sua prévia parece mais uma mera sequência de imagens sem qualquer nexo uma com a outra conduzida por uma bela música, dando a impressão, então, de que o filme é bem chato e monótono. Vá por mim, não é.

"Cavalo de Guerra" é um filme longo (possui 146 minutos de duração) e possui uma premissa bem ordinária: o pai de um jovem fazendeiro vende o cavalo do filho para o Exército britânico às vésperas da I Guerra Mundial, pois precisa de dinheiro para salvar a sua fazenda. Entretanto, o filho, inconformado, decide que vai fazer de tudo para reencontrar o seu bicho de estimação. Porém, nem a premissa nem o trailer dão a ideia de que o filme é bem mais do que isso.

Enquanto Albie (dono) e Joey (cavalo) não se reencontram, o animal passa pela vida de diversos personagens - entre eles, um oficial britânico, dois desertores alemães e uma família camponesa francesa -, fazendo com que o filme, neste trecho, lembre um livro de contos, que não apenas conta a saga de Joey, mas que também fala sobre as mudanças pelas quais as pessoas passam em épocas de guerra, não importa de qual nacionalidade elas pertençam.

O clímax do filme, porém, é o ponto alto do longa. Seguindo à risca a cartilha Spielberg de como emocionar uma plateia, este trecho é bem satisfatório e atinge o seu objetivo de tocar o coração dos espectadores. Em outras palavras, quem costuma chorar em filmes deve levar uma caixinha de lenços de papel para o cinema.

Sobra, portanto, o início do longa, que apesar de ser bonito é o trecho mais fraco do filme. Este fato deve-se, em grande parte, pela vontade de John Williams em querer colocar uma música em toda e qualquer cena. Não que a trilha sonora do filme seja ruim, pelo contrário, mas quando posta em todas as cenas é inevitável que acabe cansando. Felizmente, o compositor se acalma pelo resto do filme e põe sua música apenas quando necessário.

Enfim, "Cavalo de Guerra" é aquele tipo de filme que só dá para ser aproveitado quando se entra na brincadeira, ou seja, quando se aceita o fato de que seja um filme feito para se emocionar (daqueles que sempre tem uma música no momento de chorar) e que funcione como um filme clássico, com início, meio e fim, sem nenhuma firula narrativa. Portanto, se você é daqueles que odeia melodrama e finais felizes e só curte filme "alternativo" (o famoso cinema de arte), fique longe. Mas se você gosta mesmo de um cinemão, com uma história bem contada e fácil de ser acompanhada e um final que deixa qualquer um feliz, compre seu ingresso e divirta-se: "Cavalo de Guerra" foi feito pra você.

NOTA: 4/5


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