sexta-feira, 11 de maio de 2012

O Espião que Sabia Demais (Tinker Tailor Soldier Spy)


Dir.: Tomas Alfredson; Escrito por Bridget O'Connor e Peter Straughan; Com Gary Oldman, Tom Hardy, Colin Firth. 2011 - Playarte (127 min. - 14 anos)

"O Espião que Sabia Demais" merece muitos méritos, porém não consegue ser um grande filme por causa de um erro cruel: apenas como filme, ele não se sustenta.

O longa do sueco Tomas Alfredson é baseado no livro homônimo de John le Carré (autor de obras como "O Alfaiate do Panamá" e o "O Jardineiro Fiel", ambas adaptadas para o cinema), autor famoso por seu livros de espionagem. Mas apesar de ser uma obra conhecida, nem todo mundo leu "O Espião que Sabia Demais", e é neste ponto onde o filme peca.

Ele é uma produção feita para os fãs do livro, e não para o espectador em geral! Mas atenção, não estou querendo dizer que a história deveria ter sido facilitada para que o público não tivesse que pôr a cabeça pra funcionar. O problema é que o filme, principalmente em seu final, pula etapas, deixando-as subentendidas, fazendo com que o espectador que não leu o livro fique mais confuso que cego em tiroteio. Com isso, o final perde o impacto que teria, sendo até meio chato.

Porém, apesar dessa falha brutal, o longa tem muitas qualidades: as atuações são todas muito boas, principalmente a de Gary Oldman como o protagonista George Smiley; a trilha sonora, tanto a original do compositor Alberto Iglesias quanto as músicas usadas no filme, é ótima e merece reconhecimento; a fotografia é lindíssima; e finalmente, a própria direção de Alfredson é impecável, conferindo ao filme o clima exato de angústia, tensão, mistério etc.

Enfim, "O Espião que Sabia Demais" é um filme "vintage" que merece ser visto, porém só depois de ter o livro que lhe inspirou lido, pois senão vocês terão a mesma sensação que eu tive quando o assisti: poderia ter sido incrível, mas foi apenas bom.

NOTA: 3/5




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