sexta-feira, 11 de maio de 2012

O Lorax: Em Busca da Trúfula Perdida (Dr. Seuss' The Lorax)


Dir.: Chris Renaud e Kyle Balda; Escrito por Ken Daurio e Cinco Paul; Com Danny DeVito, Ed Helms, Zac Efron, Taylor Swift, Betty White. 2012 - Universal (86 min.)

Já não é a primeira vez que Hollywood tenta ensinar às crianças como cuidar do meio-ambiente e o quão importante essa atitude é para a vida de toda a população do planeta através de filmes de animação. Exemplos claros disso são "Wall-E" dos estúdios Pixar e o satírico "Os Sem-Floresta" da Dreamworks Animation.

Nem é a primeira incursão de Hollywood no mundo do escritor Theodore Seuss Geisel, mais conhecido como Dr. Seuss. Muitos de seus livros foram adaptados para especiais de TV e três de seus livros foram levados às telas de cinema ("O Grinch", "O Gato" e "Horton e o Mundo dos Quem").

Digo tudo isso para constatar que "O Lorax - Em Busca da Trúfula Perdida" não traz nenhuma novidade, pois fala sobre a preservação do meio-ambiente e é a adaptação de um livro de Dr. Seuss. Mas mesmo assim, é bem divertido.

No filme, acompanhamos Ted, um menino que vive numa cidade feita inteiramente de plástico, ou seja, sem natureza alguma, chamada Sneedville (em inglês, Theedville), que é apaixonado por uma vizinha sua, Audrey. Um dia, então, Ted fica sabendo que o maior desejo de Audrey é ver uma árvore viva, as chamadas Trúfulas, e decide saber o que fez com que as árvores fossem extintas. Assim, ele vai falar com um homem chamado Umavezildo, que sabe exatamente o que aconteceu com a natureza. Então, Umavezildo conta a sua história e a de uma criatura chamada Lorax, o guardião das árvores. E assim vai a história de "O Lorax", cheia de música e alegria, típicos elementos da obra de Dr. Seuss.

Apesar do filme não ser especialmente engraçado, o que faz dele ser divertido são as sacadas do seu roteiro. O vilão, o magnata sr. O'Hare, ganha dinheiro vendendo ar puro em garrafas, e portanto não quer que as árvores sejam replantadas, pois senão seu império estaria arrasado (afinal, as árvores dão ar puro de graça). Os cidadãos de Sneedville nem percebem o quão ruim é a realidade na qual vivem, pois a cidade é cercada por uma enorme muralha que impede a vista da destruição provocada pela exploração da floresta, ou seja, o filme não deixa de fazer uma crítica aos governantes, que escondem o jogo da população. A família de Umavezildo somente o apoia quando começa a ganhar bastante dinheiro com sua invenção, o Sneed, um tecido multiuso feito a partir dos tuos da copa das Trúfulas. E por aí vai.

Outro ponto positivo do filme é a relação entre Umavezildo e o Lorax, que começa com o pé esquerdo, mas que com o passar do tempo torna-se uma grande amizade. A química entre as duas personagens é enorme e proporciona alguns dos melhores momentos do filme, junto dos peixes cantores (que não deixa de ser uma variante das lesmas cantoras de "Por Água Abaixo").

As canções, escritas pelo compositor John Powell e pelo co-roteirista Cinco Paul, também são divertidas e bem alegres e devem agradar as crianças, principalmente a última canção, que fala sobre as árvores que têm que voltar a crescer ("Let It Grow"). Mas na minha opinião, a mais interessante é "How Bad Can I Be?" que basicamente fala do quanto a ganância pode mudar o caráter de uma pessoa.

Enfim, não é o melhor filme de animação que existe, mas diverte por umas duas horas e faz a gente pensar no quão longe o ser humano pode ir na destruição do planeta.

NOTA: 3.5/5


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