quarta-feira, 9 de maio de 2012

Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança (Ghost Rider: Spirit of Vengeance)


Dir.: Mark Neveldine e Brian Taylor; Escrito por Scott M. Gimple, Seth Hoffman e David S. Goyer; Com Nicolas Cage, Ciarán Hinds, Idris Elba. 2011 - Imagem Filmes (95 min.)

Em dezembro, "Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança" foi exibido na maratona cinematográfica "Butt-Numb-A-Thon" em Austin, Texas. A recepção por lá? Não muito boa. Quem viu o longa disse que o primeiro filme (que não havia sido bem recebido pela crítica) parecia "Batman - Cavaleiro das Trevas" comparado a este segundo capítulo da história de Johnny Blaze, o homem que ao fazer o pacto com o Diabo tornou-se o Motoqueiro Fantasma. Bom, eu não concordo com esta afirmação, mas também não discordo.

"Espírito de Vingança" não é um fracasso completo, portanto não diria que o primeiro filme seja tão superior à continuação. Mas também, o longa dirigido pela dupla Neveldine/Taylor (responsável pelos dois filmes da série "Adrenalina") não é lá grandes coisas.

O filme sem dúvida é estiloso, cheio de efeitos de imagem e ângulos de câmera inusitados. Porém, este estilo muitas vezes acaba prejudicando o filme.

As cenas de ação fazem uso constante daquela maldita câmera na mão e do uso frenético de "zoom in" e "zoom out", ou seja, deixa tudo uma bagunça. Além disso, os tais ângulos de câmera inusitados dos quais falei também não colaboram e acabam sendo apenas mais uma má escolha dos diretores.

Outro problema sério deste novo filme é que se o original tinha cara de blockbuster, este tem cara de filme barato. Mesmo orçado em 75 milhões de dólares (abaixo dos 115 milhões do primeiro filme, mas ainda assim uma quantia considerável), "Espírito de Vingança" parece que foi feito com metade disto de tão amadora que é a produção.

Isso sem falar nas atuações que são exageradas ao extremo. Nicolas Cage, coitado, não sabe o que fazer, se faz piada ou coisa séria. Por via das dúvidas faz coisa séria ao mesmo tempo que ri que nem psicopata. Só que se essa combinação funciona com o Coringa do "Batman", no caso de Johnny Blaze ele só fica parecendo um idiota. Enfim, se Nic Cage continuar nesse ritmo a sua outrora grande carreira vai acabar rapidinho.

Além disso, os atores que interpretam o menino possuído e o Diabo, respectivamente (ambos partes essenciais à história, da qual falo daqui a pouco) são muito canastrões. O menino só faz voz e cara de malvado e o intérprete do Diabo é parecidíssimo com o Paulo Goulart (tanto fisicamente quanto no jeito de atuar).

A história do filme, sobre um menino perseguido pelo Diabo, que deseja possuir um corpo jovem para ter mais forças, e as tentativas do Motoqueiro Fantasma de impedir que isto aconteça, poderia ter funcionado se o filme não fosse tão bobo. Mesmo que o visual repaginado do Motoqueiro seja bem sobrio e a trilha sonora do filme seja cheia de músicas de rock mais pesado, o longa tem um roteiro muito ruinzinho, cheio de diálogos fracos e piadas mais fracas ainda. Portanto, se fosse um filme sério feito para adultos, "Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança" poderia ter sido bem melhor do que é.

Entretanto, pra não dizer que o filme todo é uma porcaria tem uma cena que presta, não necessariamente engraçada, mas de humor bem ácido. Nesta cena, um homem que pode deteriorar tudo em que toca está dirigindo e deseja comer alguma coisa. Então, ele pega numa lancheira um sanduíche: ele apodrece. Pega, então, uma maçã, que também apodrece. Por fim, pega um bolinho (tipo Ana Maria). Você acha que ele apodrece? Essa cena resume o filme perfeito para o Motoqueiro Fantasma: ácido, BEM ÁCIDO.

NOTA: 2/5


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